Levy lamenta aprovação incompleta do ajuste fiscal
O ministro não quis, no entanto, culpar ninguém pelo insucesso na aprovação do ajuste, mas reclamou da crise política
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 12h40.
O ministro da Fazenda , Joaquim Levy , disse que está decepcionado porque as medidas de ajuste fiscal não foram aprovadas da forma que esperava. Na manhã de hoje (18), ele participou de um longo café da manhã com jornalistas em Brasília e não confirmou se vai deixar o governo nos próximos dias.
“Algumas iniciativas que nós tomamos, notadamente na distribuição da carga tributária, subsídios e renúncias, a gente não conseguiu chegar a pleno termo. Agora, no final do ano, tinha algumas medidas ligadas ao imposto de renda que eram, como podemos dizer, progressivas”, disse.
Levy se referia à Medida Provisória (MP) 692, sobre imposto progressivo para ganhos de capital e à MP 694, que tributa os juros sobre capital próprio.
“[Essas Medidas] eram para fazer quem ganha mais pagar mais imposto do que quem ganha menos. São medidas que acho importante na distruição da carga tributária. Outras medidas de eficiência da economia, nem todas conseguiram ser aprovadas. Acho que haveria justiça se você vendesse uma fazenda de R$ 2 milhões [e pagasse mais imposto], do que quem um apartamento de R$ 100 mil”, exemplificou ao defender a medida.
Questionado sobre se o governo poderia editar uma Medida Provisória desses assuntos, Levy descartou a possibilidade e afirmou que o governo não deve fazer movimentos apressados para questões orçamentárias, que precisam ser discutidos por todos.
“Não é o melhor caminho”, destacou.
O ministro não quis, no entanto, culpar ninguém pelo insucesso na aprovação do ajuste, mas reclamou da crise política. “Não houve falha de ninguém . Há processos que interferiram. O desempenho da receita, por conta de interferência política, terminou afetando, com arrecadação abaixo do que você poderia projetar”, disse.
Para o ministro, Brasília não pode parecer “conflagrada ou sem bússola”.
Segundo ele, todo o mundo está olhando para a capital do país e todos tem de trabalhar para recuperar o país. “Acho que a gente tem que continuar apontando rumos e tudo que se conseguiu com toda a equipe de governo foi um trabalho de reequilíbrio” e completou com uma analogia:
"Quando está fazendo sol, você não perde tempo para consertar o telhado. Quando o tempo muda, é bom começar a consertar o telhado antes que venha o temporal”
O ministro da Fazenda , Joaquim Levy , disse que está decepcionado porque as medidas de ajuste fiscal não foram aprovadas da forma que esperava. Na manhã de hoje (18), ele participou de um longo café da manhã com jornalistas em Brasília e não confirmou se vai deixar o governo nos próximos dias.
“Algumas iniciativas que nós tomamos, notadamente na distribuição da carga tributária, subsídios e renúncias, a gente não conseguiu chegar a pleno termo. Agora, no final do ano, tinha algumas medidas ligadas ao imposto de renda que eram, como podemos dizer, progressivas”, disse.
Levy se referia à Medida Provisória (MP) 692, sobre imposto progressivo para ganhos de capital e à MP 694, que tributa os juros sobre capital próprio.
“[Essas Medidas] eram para fazer quem ganha mais pagar mais imposto do que quem ganha menos. São medidas que acho importante na distruição da carga tributária. Outras medidas de eficiência da economia, nem todas conseguiram ser aprovadas. Acho que haveria justiça se você vendesse uma fazenda de R$ 2 milhões [e pagasse mais imposto], do que quem um apartamento de R$ 100 mil”, exemplificou ao defender a medida.
Questionado sobre se o governo poderia editar uma Medida Provisória desses assuntos, Levy descartou a possibilidade e afirmou que o governo não deve fazer movimentos apressados para questões orçamentárias, que precisam ser discutidos por todos.
“Não é o melhor caminho”, destacou.
O ministro não quis, no entanto, culpar ninguém pelo insucesso na aprovação do ajuste, mas reclamou da crise política. “Não houve falha de ninguém . Há processos que interferiram. O desempenho da receita, por conta de interferência política, terminou afetando, com arrecadação abaixo do que você poderia projetar”, disse.
Para o ministro, Brasília não pode parecer “conflagrada ou sem bússola”.
Segundo ele, todo o mundo está olhando para a capital do país e todos tem de trabalhar para recuperar o país. “Acho que a gente tem que continuar apontando rumos e tudo que se conseguiu com toda a equipe de governo foi um trabalho de reequilíbrio” e completou com uma analogia:
"Quando está fazendo sol, você não perde tempo para consertar o telhado. Quando o tempo muda, é bom começar a consertar o telhado antes que venha o temporal”