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Eduardo Leite defende estados na reforma da Previdência e fala em reunião

Equipe econômica do governo já admite que item poderia ficar de fora da nova Previdência, mas presidente Bolsonaro nega

EDUARDO LEITE: ""Queremos no mínimo um impacto automático (da reforma) nos Estados com maior dificuldade" (Itamar Aguiar/ Governo do RS/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2019 às 17h52.

Última atualização em 1 de junho de 2019 às 17h55.

Brasília — O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, defendeu a permanência de Estados e municípios na reforma da Previdência. Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele afirmou que os três governadores do PSDB - ele, João Doria (SP), Reinaldo Azambuja (MS) - vão se reunir na próxima segunda-feira, 3, com o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), para debater o assunto.

Leite disse que seria muito ruim retirar os governos regionais do alcance da reforma, como pretendem os parlamentares. Mas ele afirmou que já há alternativas sendo estudadas, caso o Congresso insista na medida.

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"Queremos no mínimo um impacto automático (da reforma) nos Estados com maior dificuldade", comentou o governador.

Segundo ele, a ideia é prever aplicação imediata das novas regras em Estados com determinado perfil demográfico (ou seja, com população já mais envelhecida) de dívida e de déficit previdenciário.

Essa alternativa contemplaria de 8 a 10 Estados de forma automática, disse Leite. Os demais precisariam validar as regras com a aprovação de uma lei em suas assembleias legislativas.

Não estaria contemplado de forma imediata o Rio Grande do Norte, que tem elevado déficit, mas tem pouca dívida e também população mais jovem.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), é uma no grupo dos que resistem a dar apoio à reforma.

Leite disse ainda que almoçou na sexta-feira com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e falou sobre a questão previdenciária. Ele espera que o assunto seja retomado também na próxima reunião do Fórum dos Governadores, que será em 11 de junho.

"Supondo que os Estados fiquem de fora e todos aprovem suas reformas, menos um. Se esse um vier a ter uma crise, quem vai ser chamado a prestar socorro? A União. E a União, como diz o nome, é a união de todos", alertou o governador.

Bolsonaro também é a favor

O presidente da República, Jair Bolsonaro, também defendeu a manutenção de Estados e municípios nas mudanças do sistema previdenciário, conforme a reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso prevê. Ele ponderou, no entanto, que há impasse na Câmara sobre a situação por conta de desgaste entre parlamentares.

“Isso está sendo acertado pela Câmara. O que nós gostaríamos é que fosse tudo junto”, comentou Bolsonaro após participar de um churrasco na casa de um amigo, em Brasília “Está esse impasse dentro da Câmara e eu não tenho nada a ver com isso. A Câmara é que decide agora”, declarou.

 

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