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Economia informal registra em 2010 retração de 1,1%

A produção de bens e serviços não reportados ao governo movimentou este ano R$ 653,4 bilhões, o que representa 17,2% do PIB

Para pesquisador da FGV, o dado é uma boa notícia, já que revela uma formalização crescente da economia brasileira (Ricardo André Frantz/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 11h35.

Rio de Janeiro - A economia subterrânea ou informal , caracterizada pela produção de bens e serviços não reportados ao governo, movimentou este ano R$ 653,4 bilhões, volume que representa 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (1º) os dados do Índice de Economia Subterrânea (IES), o setor encolheu 1,1% em relação a 2009.

Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, responsável pelo estudo, a queda do IES vem ocorrendo desde 2003, quando a economia subterrânea representava 21% do PIB.

“Isso é sem dúvida uma boa notícia, que mostra uma formalização crescente da economia brasileira e aponta que os esforços do governo, como a criação do Simples e do Super Simples, estão surtindo efeito”, avaliou.

Barbosa Filho destacou que dois fatores explicam boa parte desse processo: o crescimento consistente da economia brasileira e a expansão do crédito.


“Com o crescimento elevado e consistente da economia, o empregador se sente mais confortável na hora de contratar e formalizar seu empregado. Além disso, para terem acesso ao crédito abundante para se modernizar e aumentar sua competitividade, as firmas precisam ser formais. Isso também acontece com o trabalhador, que precisa comprovar renda se quiser financiar uma casa ou um carro”, destacou.

O economista acrescentou que a queda da economia subterrânea também traz benefícios ao Estado, já que muitas as atividades que a formam sonegam impostos, deixam de contribuir para seguridade social e não cumprem regulamentações trabalhistas.

O responsável pelo estudo ressaltou, no entanto, que, apesar da redução da atividade no país, ela ainda corresponde ao PIB da Argentina ou a duas vezes o PIB do Chile.

“Além disso, está aquém do observado em economias desenvolvidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a economia subterrânea corresponde a 10% do PIB. Apesar da evolução, essas atividades ainda têm um tamanho importante no Brasil”, concluiu.

Para realizar o levantamento, os pesquisadores levam em conta os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, foi divulgado pela primeira vez em 2007, mas com dados retroativos até 2003.

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Rio de Janeiro - A economia subterrânea ou informal , caracterizada pela produção de bens e serviços não reportados ao governo, movimentou este ano R$ 653,4 bilhões, volume que representa 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (1º) os dados do Índice de Economia Subterrânea (IES), o setor encolheu 1,1% em relação a 2009.

Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, responsável pelo estudo, a queda do IES vem ocorrendo desde 2003, quando a economia subterrânea representava 21% do PIB.

“Isso é sem dúvida uma boa notícia, que mostra uma formalização crescente da economia brasileira e aponta que os esforços do governo, como a criação do Simples e do Super Simples, estão surtindo efeito”, avaliou.

Barbosa Filho destacou que dois fatores explicam boa parte desse processo: o crescimento consistente da economia brasileira e a expansão do crédito.


“Com o crescimento elevado e consistente da economia, o empregador se sente mais confortável na hora de contratar e formalizar seu empregado. Além disso, para terem acesso ao crédito abundante para se modernizar e aumentar sua competitividade, as firmas precisam ser formais. Isso também acontece com o trabalhador, que precisa comprovar renda se quiser financiar uma casa ou um carro”, destacou.

O economista acrescentou que a queda da economia subterrânea também traz benefícios ao Estado, já que muitas as atividades que a formam sonegam impostos, deixam de contribuir para seguridade social e não cumprem regulamentações trabalhistas.

O responsável pelo estudo ressaltou, no entanto, que, apesar da redução da atividade no país, ela ainda corresponde ao PIB da Argentina ou a duas vezes o PIB do Chile.

“Além disso, está aquém do observado em economias desenvolvidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a economia subterrânea corresponde a 10% do PIB. Apesar da evolução, essas atividades ainda têm um tamanho importante no Brasil”, concluiu.

Para realizar o levantamento, os pesquisadores levam em conta os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, foi divulgado pela primeira vez em 2007, mas com dados retroativos até 2003.

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