Economia é sólida e tem qualidades estruturais, diz Coutinho
Luciano Coutinho afirmou que o potencial do mercado de capitais é visível mas depende de avanços
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 14h07.
Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 25, que os benefícios do ajuste fiscal virão quando o declínio da inflação ficar claro.
"Primeiro, precisamos completar o ajuste para depois consolidar as condições e capturar o bônus do ajuste", afirmou durante palestra no Seminário sobre o Financiamento Internacional. Coutinho ressaltou a solidez e as qualidades estruturais da economia brasileira na abertura de sua fala.
"A economia brasileira é sólida e com muitas qualidades estruturais relevantes, com fronteira significativa de crescimento".
Coutinho afirmou que o potencial do mercado de capitais é visível mas depende de avanços. "Temos o desafio de desenvolver o financiamento privado de longo prazo, precisamos que o funding seja facilitado", disse.
Ainda sobre os investimentos, mas desta vez os de curto prazo, Luciano Coutinho ressaltou as altas taxas de juros de curto prazo.
"A convergência da taxa de juros é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro". Coutinho disse ainda que é preciso voltar a investir em indústria e serviços.
O presidente do BNDES afirmou ainda que a perspectiva de investimento em infraestrutura até 2018 é de R$ 611 bilhões e que já inclui o pacote de concessões a ser anunciado pelo governo no próximo mês.
De acordo com ele, investimentos nesse setor permitem ganho para todo o sistema. "Logística mais eficiente gera mais competitividade", afirmou.
Debêntures
Coutinho disse também que a instituição tem discutido incentivos adicionais à emissão de debêntures de projetos de infraestrutura. A adoção do novo instrumento já havia sido anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
De acordo com Coutinho, o modelo está pronto e prevê que o BNDES dê incentivo quando há emissão de debêntures em projetos de infraestrutura.
"A gente dá condição favorecida quando o projeto emite debêntures", explicou. "Quando não emite, vai tomar em condições padrão. É um incentivo de 150 a 200 pontos básicos no custo final de financiamento".
Segundo Coutinho, está em estudo uma ferramenta para assegurar liquidez das debêntures. "Durante o período de construção, (queremos) assegurar que o debenturista tenha maior proteção de forma que se, por exemplo, acontecer uma indesejável interrupção de um projeto por alguma razão, que nós possamos ter uma cobertura de liquidez durante aquele período e ter um tipo de suporte de liquidez para que o projeto se complete", disse.
Ele não detalhou como seriam dadas essas garantias, mas afirmou que seguradoras privadas são um dos componentes. "Estamos conversando pra sensibilizá-las para desenhar apólices mais adequadas ao tipo de risco na construção de projetos de infraestrutura", afirmou.
Coutinho disse ainda que é necessário alongar prazos das debêntures. "Estamos trabalhando num esforço com debêntures de infraestrutura com prazo de quatro anos", afirmou, ressaltando que dez anos seria o prazo ideal.
Segundo o presidente do BNDES, o potencial do mercado de capitais para investimentos em infraestrutura é visível, mas depende de avanços.
Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 25, que os benefícios do ajuste fiscal virão quando o declínio da inflação ficar claro.
"Primeiro, precisamos completar o ajuste para depois consolidar as condições e capturar o bônus do ajuste", afirmou durante palestra no Seminário sobre o Financiamento Internacional. Coutinho ressaltou a solidez e as qualidades estruturais da economia brasileira na abertura de sua fala.
"A economia brasileira é sólida e com muitas qualidades estruturais relevantes, com fronteira significativa de crescimento".
Coutinho afirmou que o potencial do mercado de capitais é visível mas depende de avanços. "Temos o desafio de desenvolver o financiamento privado de longo prazo, precisamos que o funding seja facilitado", disse.
Ainda sobre os investimentos, mas desta vez os de curto prazo, Luciano Coutinho ressaltou as altas taxas de juros de curto prazo.
"A convergência da taxa de juros é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro". Coutinho disse ainda que é preciso voltar a investir em indústria e serviços.
O presidente do BNDES afirmou ainda que a perspectiva de investimento em infraestrutura até 2018 é de R$ 611 bilhões e que já inclui o pacote de concessões a ser anunciado pelo governo no próximo mês.
De acordo com ele, investimentos nesse setor permitem ganho para todo o sistema. "Logística mais eficiente gera mais competitividade", afirmou.
Debêntures
Coutinho disse também que a instituição tem discutido incentivos adicionais à emissão de debêntures de projetos de infraestrutura. A adoção do novo instrumento já havia sido anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
De acordo com Coutinho, o modelo está pronto e prevê que o BNDES dê incentivo quando há emissão de debêntures em projetos de infraestrutura.
"A gente dá condição favorecida quando o projeto emite debêntures", explicou. "Quando não emite, vai tomar em condições padrão. É um incentivo de 150 a 200 pontos básicos no custo final de financiamento".
Segundo Coutinho, está em estudo uma ferramenta para assegurar liquidez das debêntures. "Durante o período de construção, (queremos) assegurar que o debenturista tenha maior proteção de forma que se, por exemplo, acontecer uma indesejável interrupção de um projeto por alguma razão, que nós possamos ter uma cobertura de liquidez durante aquele período e ter um tipo de suporte de liquidez para que o projeto se complete", disse.
Ele não detalhou como seriam dadas essas garantias, mas afirmou que seguradoras privadas são um dos componentes. "Estamos conversando pra sensibilizá-las para desenhar apólices mais adequadas ao tipo de risco na construção de projetos de infraestrutura", afirmou.
Coutinho disse ainda que é necessário alongar prazos das debêntures. "Estamos trabalhando num esforço com debêntures de infraestrutura com prazo de quatro anos", afirmou, ressaltando que dez anos seria o prazo ideal.
Segundo o presidente do BNDES, o potencial do mercado de capitais para investimentos em infraestrutura é visível, mas depende de avanços.