Distribuidoras: a CCEE promoveu o processamento de um mecanismo criado para que as distribuidoras negociem diretamente com geradores a redução de contratos de compra de energia
Reuters
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 17h56.
São Paulo - As distribuidoras de energia elétrica do Brasil possuem quase 7 gigawatts médios em excesso de eletricidade contratada para 2017, após a queda no consumo registrada nos últimos dois anos devido à recessão no país, segundo dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta quinta-feira.
A CCEE promoveu o processamento de um mecanismo criado para que as distribuidoras negociem diretamente com geradores a redução de contratos de compra de energia, mas o mecanismo só conseguiu viabilizar 415,2 megawatts em reduções contratuais, ante sobras de 7,25 gigawatts declaradas pelas elétricas.
O excedente representa, em energia, mais do que a geração média prevista para a hidrelétrica de Belo Monte, uma das maiores usinas do mundo, que está atualmente em construção no Pará.
O mecanismo de redução de contratos, chamado no setor de "MCSD de Energia Nova", era válido para acordos com fornecimento entre janeiro e dezembro de 2017.
A CCEE disse que, além das reduções contratuais, foram viabilizados nesta quinta-feira outros 147 megawatts em cessões compulsórias de energia.