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Distribuição vê alta de 4% nas vendas de aço plano no Brasil

Distribuidores esperam um desempenho praticamente estável em relação ao fraco ano de 2013

Produção de aço em uma siderúrgica: setor de aço plano encerrou 2013 com alta de 4,3 por cento nas vendas, para 4,54 milhões de toneladas (Timothy Fadek/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 16h04.

Os distribuidores de aços planos no Brasil esperam um crescimento de 4 por cento nas vendas este ano, em um desempenho praticamente estável em relação ao fraco ano de 2013, informou a entidade que representa o setor, Inda, nesta terça-feira.

O setor, responsável por mais de 30 por cento das vendas das usinas siderúrgicas do país, encerrou 2013 com alta de 4,3 por cento nas vendas, para 4,54 milhões de toneladas, dentro da expectativa de crescimento de 3,7 a 4,5 por cento no ano passado.

A previsão para este ano ocorre apesar de expectativas de redução das importações por conta do cenário de valorização do dólar contra o real e amparada em estimativas de baixo crescimento da economia, o que deve conter o consumo de aço no mercado interno.

Os distribuidores começaram o ano recebendo comunicados de reajustes das usinas siderúrgicas do país, na sequência de outros aumentos de preços ocorridos em 2013.

Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, os reajustes anunciados pelas usinas --Usiminas, CSN e ArcelorMittal-- ficaram entre 6 a 7 por cento. "Elas (usinas) anunciaram no início de janeiro e já implementaram. A rede (de distribuidores) conseguiu repassar aos clientes", disse ele a jornalistas.

Após o reajuste, a diferença nos preços entre o aço importado e o produzido no país continuou pequena. Chamada de "prêmio" pela indústria, esta diferença ficou entre 3 e 4 por cento, disse Loureiro, o que desestimula pedidos por material produzido no exterior.

O presidente do Inda comentou ainda que não espera novos reajustes para este trimestre, porém, ressalvou que se o dólar ampliar valorização contra o real, isso criará oportunidade para as usinas.

"Se o dólar descolar mais, definitivamente terá outro aumento (...) O setor está com estoque ajustado, o que dificulta" negociações com as usinas, disse.

Os distribuidores de aço encerraram dezembro com estoque de 1,05 milhão de toneladas, o suficiente para cerca de três meses de vendas. O volume representa um crescimento de 11,3 por cento sobre o volume do final de 2012. Loureiro afirmou que espera que o setor termine este mês com inventário para 2,5 meses, número dentro da média histórica.

Além dos reajustes para os distribuidores, o presidente do Inda comentou que as usinas promoveram aumentos, também entre 6 e 7 por cento, nos preços de aços vendidos a grandes clientes da indústria e que alguns acordos com montadoras de veículos já foram acertados, com reajustes de 12 por cento. Ele não pôde dar mais detalhes.

Sobre as eleições deste ano, Loureiro afirmou que reformas econômicas necessárias estão sendo postergadas, o que pode dificultar o desempenho do país em 2015, ano em que ajustes terão de ser feitos.

"Se usou demais o dólar como ferramenta contra inflação e isso destroçou a capacidade produtiva da indústria, que vai levar anos para se recuperar", afirmou.

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Os distribuidores de aços planos no Brasil esperam um crescimento de 4 por cento nas vendas este ano, em um desempenho praticamente estável em relação ao fraco ano de 2013, informou a entidade que representa o setor, Inda, nesta terça-feira.

O setor, responsável por mais de 30 por cento das vendas das usinas siderúrgicas do país, encerrou 2013 com alta de 4,3 por cento nas vendas, para 4,54 milhões de toneladas, dentro da expectativa de crescimento de 3,7 a 4,5 por cento no ano passado.

A previsão para este ano ocorre apesar de expectativas de redução das importações por conta do cenário de valorização do dólar contra o real e amparada em estimativas de baixo crescimento da economia, o que deve conter o consumo de aço no mercado interno.

Os distribuidores começaram o ano recebendo comunicados de reajustes das usinas siderúrgicas do país, na sequência de outros aumentos de preços ocorridos em 2013.

Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, os reajustes anunciados pelas usinas --Usiminas, CSN e ArcelorMittal-- ficaram entre 6 a 7 por cento. "Elas (usinas) anunciaram no início de janeiro e já implementaram. A rede (de distribuidores) conseguiu repassar aos clientes", disse ele a jornalistas.

Após o reajuste, a diferença nos preços entre o aço importado e o produzido no país continuou pequena. Chamada de "prêmio" pela indústria, esta diferença ficou entre 3 e 4 por cento, disse Loureiro, o que desestimula pedidos por material produzido no exterior.

O presidente do Inda comentou ainda que não espera novos reajustes para este trimestre, porém, ressalvou que se o dólar ampliar valorização contra o real, isso criará oportunidade para as usinas.

"Se o dólar descolar mais, definitivamente terá outro aumento (...) O setor está com estoque ajustado, o que dificulta" negociações com as usinas, disse.

Os distribuidores de aço encerraram dezembro com estoque de 1,05 milhão de toneladas, o suficiente para cerca de três meses de vendas. O volume representa um crescimento de 11,3 por cento sobre o volume do final de 2012. Loureiro afirmou que espera que o setor termine este mês com inventário para 2,5 meses, número dentro da média histórica.

Além dos reajustes para os distribuidores, o presidente do Inda comentou que as usinas promoveram aumentos, também entre 6 e 7 por cento, nos preços de aços vendidos a grandes clientes da indústria e que alguns acordos com montadoras de veículos já foram acertados, com reajustes de 12 por cento. Ele não pôde dar mais detalhes.

Sobre as eleições deste ano, Loureiro afirmou que reformas econômicas necessárias estão sendo postergadas, o que pode dificultar o desempenho do país em 2015, ano em que ajustes terão de ser feitos.

"Se usou demais o dólar como ferramenta contra inflação e isso destroçou a capacidade produtiva da indústria, que vai levar anos para se recuperar", afirmou.

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