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Dilma pede que sul-americanos e árabes se unam pela economia

Dilma reiterou as críticas ao protecionismo dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, que atinge a economia das nações em desenvolvimento

Presidente Dilma Rousseff: “o futuro das nossas regiões depende da cooperação, educação e ciência”, ressaltou a presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 12h50.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (2) a ampliação das parcerias entre os países sul-americanos e árabes como forma de reagir aos impactos da crise econômica internacional. Dilma reiterou as críticas ao protecionismo dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, que atinge a economia das nações em desenvolvimento. Ela também reclamou do que chamou de exportação da crise para o mundo.

“Os efeitos da crise econômica se propagam”, disse a presidente, que foi a primeira chefe de Estado a discursar na 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru. “Um protecionismo disfarçado se impõe”, acrescentou, apelando aos presentes: “precisamos desenvolver nossa cooperação com bases solidárias”.

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Dilma condenou os países desenvolvidos que sofrem de maneira mais intensa os efeitos da crise econômica internacional e que adotaram planos de austeridade na tentativa de conter os impactos e pagar as dívidas. Para a presidente, essas medidas não são a solução para o que chamou de “desemprego galopante”, que afeta principalmente os países da zona do euro

A exemplo do seu discurso na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente reclamou dos países que desvalorizam suas moedas de forma artificial atrapalhando o comércio internacional. Para ela, uma das soluções é a parceria entre sul-americanos e árabes. Dilma lembrou que o comércio entre as duas regiões registrou aumento nos últimos anos e que, em 2011, envolveu US$ 27,5 bilhões.

“O futuro das nossas regiões depende da cooperação, educação e ciência”, ressaltou a presidente, informando que essas parcerias levarão ao aumento da segurança alimentar e energética entre os países. “Não podemos nos conformar com o papel de meros exportadores de commodities, em um mundo cada vez mais interdependente.”

Também estão presentes à cúpula os presidentes Juan Manuel Santos (Colômbia), que amanhã (3) vai se submeter a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na próstata, Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia), que usaram camisas e paletós tradicionais de seus povos, além de José Pepe Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina).

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