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Dilma descarta mudança na sua equipe econômica

A presidente aproveitou rápida entrevista concedida em intervalo da reunião com ministros para reafirmar a solidez das contas públicas em mensagem a investidores

Dilma foi enfática ao garantir a permanência de Guido Mantega no Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini no Banco Central: "Não está a vista nenhuma mudança na equipe econômica" (REUTERS / Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 11h47.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff mandou um claro recado ao mercado financeiro ao dizer que o governo federal vai "olhar onde é possível e onde não é possível" cortar gastos públicos.

Dilma aproveitou rápida entrevista concedida em intervalo da reunião com seus 39 ministros ontem para reafirmar a solidez das contas públicas em mensagem a investidores, em especial os estrangeiros.

Segundo Dilma, o governo brasileiro está reagindo por meio do Banco Central e do Ministério da Fazenda, "garantindo hedge para quem quiser".

No jargão econômico, as operações de hedge representam um tipo de proteção contra riscos. Ou seja, um contrato que bancos, empresas e investidores fecham para se proteger de flutuações exageradas nas taxas de câmbio e de juros, principalmente.

"A política econômica americana mudou", disse a presidente, indicando que, neste novo cenário, haverá uma "transição" na gestão econômica brasileira. Dilma, no entanto, foi enfática ao garantir a permanência de Guido Mantega no Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini no Banco Central. "Não está a vista nenhuma mudança na equipe econômica."

Segundo a presidente, o mundo está vivendo uma "flutuação das forças internacionais", que alteram rapidamente a cotação das moedas - no caso brasileiro, o dólar chegou a disparar a R$ 2,26 na semana passada.

Foi discutido na reunião, segundo Dilma, "a importância de nesse momento sermos muito atentos para a robustez fiscal". "Isso significa maior controle da inflação" e estabilidade, disse a presidente.


Além do corte de despesas, que interessa ao mercado, Dilma enfatizou que estão sendo dadas todas as garantias aos investidores estão garantidos. A presidente afirmou que os investimentos de todas as áreas devem ser acelerados, mas que cortes virão.

Economês

Ao manifestar sua visão sobre este novo cenário econômico, Dilma falou como economista: "O mercado supôs que havia uma alteração nos juros dos treasuries americanos, e houve um recuo tanto de bolsas quanto de moedas".

Em outras palavras, ela avalia que as fortes quedas nos preços das ações na Bovespa e a disparada do dólar são uma reação dos investidores à sinalização dos EUA de que, após seis anos estimulando sua economia, podem voltar a elevar os juros.

Como os títulos do Tesouro americano - os "treasuries" - são considerados os mais seguros do mundo, uma alta nos juros que eles oferecem atrai o aplicador mais conservador, que nos últimos anos tem buscado mercados emergentes, como o Brasil.

Este é um foco de preocupação do Planalto - há o temor de que os protestos e o ritmo ainda fraco da economia afugentem capitais preciosos para realizar a grande aposta do governo e do PT para elevar o crescimento do PIB e servir de marca eleitoral em 2014: as concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos, todas previstas para ocorrer no segundo semestre.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff mandou um claro recado ao mercado financeiro ao dizer que o governo federal vai "olhar onde é possível e onde não é possível" cortar gastos públicos.

Dilma aproveitou rápida entrevista concedida em intervalo da reunião com seus 39 ministros ontem para reafirmar a solidez das contas públicas em mensagem a investidores, em especial os estrangeiros.

Segundo Dilma, o governo brasileiro está reagindo por meio do Banco Central e do Ministério da Fazenda, "garantindo hedge para quem quiser".

No jargão econômico, as operações de hedge representam um tipo de proteção contra riscos. Ou seja, um contrato que bancos, empresas e investidores fecham para se proteger de flutuações exageradas nas taxas de câmbio e de juros, principalmente.

"A política econômica americana mudou", disse a presidente, indicando que, neste novo cenário, haverá uma "transição" na gestão econômica brasileira. Dilma, no entanto, foi enfática ao garantir a permanência de Guido Mantega no Ministério da Fazenda e de Alexandre Tombini no Banco Central. "Não está a vista nenhuma mudança na equipe econômica."

Segundo a presidente, o mundo está vivendo uma "flutuação das forças internacionais", que alteram rapidamente a cotação das moedas - no caso brasileiro, o dólar chegou a disparar a R$ 2,26 na semana passada.

Foi discutido na reunião, segundo Dilma, "a importância de nesse momento sermos muito atentos para a robustez fiscal". "Isso significa maior controle da inflação" e estabilidade, disse a presidente.


Além do corte de despesas, que interessa ao mercado, Dilma enfatizou que estão sendo dadas todas as garantias aos investidores estão garantidos. A presidente afirmou que os investimentos de todas as áreas devem ser acelerados, mas que cortes virão.

Economês

Ao manifestar sua visão sobre este novo cenário econômico, Dilma falou como economista: "O mercado supôs que havia uma alteração nos juros dos treasuries americanos, e houve um recuo tanto de bolsas quanto de moedas".

Em outras palavras, ela avalia que as fortes quedas nos preços das ações na Bovespa e a disparada do dólar são uma reação dos investidores à sinalização dos EUA de que, após seis anos estimulando sua economia, podem voltar a elevar os juros.

Como os títulos do Tesouro americano - os "treasuries" - são considerados os mais seguros do mundo, uma alta nos juros que eles oferecem atrai o aplicador mais conservador, que nos últimos anos tem buscado mercados emergentes, como o Brasil.

Este é um foco de preocupação do Planalto - há o temor de que os protestos e o ritmo ainda fraco da economia afugentem capitais preciosos para realizar a grande aposta do governo e do PT para elevar o crescimento do PIB e servir de marca eleitoral em 2014: as concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos, todas previstas para ocorrer no segundo semestre.

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