Em meio à crise da Covid-19, EUA têm 22 milhões de demissões em 4 semanas
Dados divulgados nesta quinta mostram que novos pedidos de auxílio tiveram queda de 1,37 milhão na semana finda em 11 de abril, para 5,245 milhões
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2020 às 09h44.
Última atualização em 16 de abril de 2020 às 15h35.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos tiveram queda de 1,37 milhão na semana encerrada em 11 de abril, para 5,245 milhões. O total ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 5 milhões de solicitações.
Já o número da semana anterior (até 4 de abril) foi ligeiramente revisado para cima, de 6,61 milhões para 6,615 milhões de pedidos. Os dados são calculados a partir da somatória de funcionários que pediram o auxílio e são um bom indicativo de que como está o mercado de trabalho do país.
Com a publicação de hoje feita pelo Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos de auxílio chegam a 22 milhões nas últimas quatro semanas, evidenciando que a pandemia de coronavírus continua tendo forte impacto na economia americana. Até antes da crise, o topo de pedidos havia sido de 600.000 na semana.
O dado se soma a uma série de indicadores desalentadores. Ontem, o varejo anunciou uma queda recorde nas vendas em março, e a produção industrial teve o maior recuo desde 1946.
As previsões econômicas não dão muito lugar a otimismo. Segundo a agência Reuters, a economia americana encolheu 10,8% no primeiro trimestre, o que seria o maior recuo desde 1947. O Fundo Monetário Internacional prevê que a economia americana recue 5,9% em 2020, bem acima da previsão de queda de 3% para o mundo, e acima da queda prevista de 5,3% para a economia brasileira.