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Desenvolvimento na África é primordial para a paz, diz G7

Os líderes do Grupo dos Sete afirmaram que o desenvolvimento e a segurança na África são um requisito prévio para conseguir uma paz duradoura na região

Os líderes do G7: líderes afirmaram que vão continuar colaborando com estados africanos (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 10h35.

Bruxelas - Os líderes do Grupo dos Sete (G7, (Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão) assinalaram nesta quinta-feira que o desenvolvimento e a segurança na África são um "requisito prévio" para conseguir uma paz duradoura na região, segundo a minuta do comunicado que aprovarão e ao qual a Agência Efe teve acesso.

"A segurança e o desenvolvimento são um requisito prévio para uma paz duradoura nas regiões africanas afetadas pela calamidade da guerra, do terrorismo, do crime organizado, da corrupção, da instabilidade e da pobreza", disseram os líderes do G7, que hoje realizaram a segunda sessão de sua cúpula em Bruxelas.

O grupo de países destacou que a necessidade é especialmente aguda na região do Sahel, assim como em Somália, Nigéria, Sudão do Sul e República Centro-Africana.

Os países mais ricos e industrializados do mundo afirmaram que vão continuar colaborando com os estados africanos para promover o " crescimento inclusivo e forte" da região através da melhora dos sistemas de governo e da transparência.

Além disso, buscarão melhorar as infraestruturas, especialmente no setor energético; facilitar os investimentos e o comércio, eliminando barreiras comerciais; e melhorar a gestão responsável dos recursos naturais e dos benefícios que geram.

Na mesma linha reiterarão seu apoio à transição naqueles países onde aconteceu a Primavera Árabe para promover o crescimento econômico e a criação de emprego sobretudo para mulheres e jovens, cumprindo assim com os compromissos que o G8 (G7 mais a Rússia) fechou em Deauville em 2011.

Além do interesse por estas regiões, o G7 lembrará que o impulso do desenvolvimento e a maior prosperidade de todos os países é um de seus compromissos fundacionais e insistirão na importância que a comunidade internacional adote uma "ambiciosa" agenda nesta matéria além de 2015.

No próximo ano "caducarão" os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o marco global fixado pelas Nações Unidas em 2000, por isso que o G7 insistirá em que devem ser lembrados novos objetivos mundiais centrados na erradicação da pobreza e no fomento do desenvolvimento, levando em conta seus aspectos sociais, econômicos e ambientais, incluindo a mudança climática.

Com este fio condutor o grupo de países se comprometerá a promover a transparência de governos e empresas dos países em desenvolvimento, lutar contra a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro, enfrentar a corrupção, reforçar a saúde e segurança alimentar e facilitar o comércio.

Com este último propósito, os líderes iniciarão no dia 17 de junho um mecanismo de "Assistência Reforçada para Negociações Comerciais Complexas" para ajudar os estados em desenvolvimento a negociar tratados comerciais, especialmente focalizado nas indústrias extrativistas.

Os líderes insistiram também na importância de melhorar a transparência neste setor, de modo que as companhias declarem seus lucros e doações aos governos, algo que preveem conseguir dando total cumprimento à Iniciativa Internacional de Transparência nas Indústrias Extrativistas (Eiti).

Em matéria de corrupção, os sete países anunciaram que trabalharão também no marco do G20 para "avançar mais" na prevenção, especialmente através dos mecanismos para recuperar ativos roubados iniciados pelo Banco Mundial.

Nicky Oppenheimer é chamado pela Forbes de o "magnata africano dos diamantes". O bilionário tem um patrimônio avaliado em 6,5 bilhões de dólares. Em novembro, Oppenheimer vendeu a participação de 40% da Beers, maior produtora de diamantes do mundo, à Anglo American por 5,1 bilhões de dólares. A Anglo já detinha 45% da companhia. A operação marca o fim do controle da família Oppenheimer na Beers. A Beers foi fundada pelo avô de Oppenheimer, no início do século passado. O bilionário, no entanto, ainda é dono da Tswalu Kalahari, a maior reserva de caça privada na África do Sul.
  • 2. Naguib Sawiris, outro filho de Onsi Sawiris

    2 /2(Divulgação)

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    "A segurança e o desenvolvimento são um requisito prévio para uma paz duradoura nas regiões africanas afetadas pela calamidade da guerra, do terrorismo, do crime organizado, da corrupção, da instabilidade e da pobreza", disseram os líderes do G7, que hoje realizaram a segunda sessão de sua cúpula em Bruxelas.

    O grupo de países destacou que a necessidade é especialmente aguda na região do Sahel, assim como em Somália, Nigéria, Sudão do Sul e República Centro-Africana.

    Os países mais ricos e industrializados do mundo afirmaram que vão continuar colaborando com os estados africanos para promover o " crescimento inclusivo e forte" da região através da melhora dos sistemas de governo e da transparência.

    Além disso, buscarão melhorar as infraestruturas, especialmente no setor energético; facilitar os investimentos e o comércio, eliminando barreiras comerciais; e melhorar a gestão responsável dos recursos naturais e dos benefícios que geram.

    Na mesma linha reiterarão seu apoio à transição naqueles países onde aconteceu a Primavera Árabe para promover o crescimento econômico e a criação de emprego sobretudo para mulheres e jovens, cumprindo assim com os compromissos que o G8 (G7 mais a Rússia) fechou em Deauville em 2011.

    Além do interesse por estas regiões, o G7 lembrará que o impulso do desenvolvimento e a maior prosperidade de todos os países é um de seus compromissos fundacionais e insistirão na importância que a comunidade internacional adote uma "ambiciosa" agenda nesta matéria além de 2015.

    No próximo ano "caducarão" os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o marco global fixado pelas Nações Unidas em 2000, por isso que o G7 insistirá em que devem ser lembrados novos objetivos mundiais centrados na erradicação da pobreza e no fomento do desenvolvimento, levando em conta seus aspectos sociais, econômicos e ambientais, incluindo a mudança climática.

    Com este fio condutor o grupo de países se comprometerá a promover a transparência de governos e empresas dos países em desenvolvimento, lutar contra a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro, enfrentar a corrupção, reforçar a saúde e segurança alimentar e facilitar o comércio.

    Com este último propósito, os líderes iniciarão no dia 17 de junho um mecanismo de "Assistência Reforçada para Negociações Comerciais Complexas" para ajudar os estados em desenvolvimento a negociar tratados comerciais, especialmente focalizado nas indústrias extrativistas.

    Os líderes insistiram também na importância de melhorar a transparência neste setor, de modo que as companhias declarem seus lucros e doações aos governos, algo que preveem conseguir dando total cumprimento à Iniciativa Internacional de Transparência nas Indústrias Extrativistas (Eiti).

    Em matéria de corrupção, os sete países anunciaram que trabalharão também no marco do G20 para "avançar mais" na prevenção, especialmente através dos mecanismos para recuperar ativos roubados iniciados pelo Banco Mundial.

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