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Depois das eleições, governo vai propor autonomia do BC, diz FT

Com cacife renovado pelo crescimento econômico, governo teria vigor político para impulsionar também as reformas trabalhista e sindical

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h27.

Assim que passarem as eleições municipais de outubro, o governo brasileiro vai propor a institucionalização da autonomia do Banco Central, a desregulamentação do custoso mercado de trabalho e a revisão de um corrupto sistema sindical. É assim que o jornal britânico Financial Times apresentou nesta sexta-feira (16/7) a próxima onda de reformas da administração "esquerdista" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Registrando que na semana passada o Congresso aprovou uma reforma do Judiciário e uma nova lei de falências (sem explicar que não foram votações definitivas), a reportagem do FT ouviu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Estou focalizando as medidas que vão preparar o Brasil institucionalmente para crescer por uma década ou mais sem interrupções."

Citando Nilson Teixeira, economista do banco Credit Suisse First Boston, o jornal projeta que o crescimento de 7,8% da indústria em maio pode chegar a 13% em junho. O Financial também menciona a consultoria Tendências, para quem um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 tornou-se o novo consenso. O próprio Palocci declara agora que espera um avanço de 4% do PIB, acima da estimativa oficial vigente até há pouco, de 3,5%.

O ministro afirma ao jornal que nos próximos meses haverá importantes anúncios sobre investimentos, detacando os setores siderúrgico, de celulose, mineração e agrícola. Ao mesmo tempo, revela receio de retrocesso, caso o Supremo Tribunal Federal anule pontos da reforma da previdência.

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