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Dados fracos do comércio alemão indicam contração no 4º tri

Importações caíram inesperadamente em novembro e as exportações também tiveram uma queda acentuada, reduzindo o superávit comercial

Segundo dados da Agência Federal de Estatísticas, importações recuaram 3,7%, enquanto as exportações caíram 3,4% (REUTERS/Andres Stapff)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 08h20.

Berlim - As importações alemãs caíram inesperadamente em novembro e as exportações também tiveram uma queda acentuada, reduzindo o superávit comercial, em mais um sinal de que crise da zona do euro levou a uma contração no quarto trimestre na maior economia da região.

As importações recuaram 3,7 por cento, enquanto as exportações caíram 3,4 por cento, mostraram dados da Agência Federal de Estatísticas divulgados nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam que as importações crescessem 0,4 por cento e as remessas para o exterior caíssem 0,5 por cento.

O superávit comercial ajustado sazonalmente diminuiu mais que o esperado para 14,6 bilhões de euros, ante 14,9 bilhões em outubro de acordo com dados revisados. A previsão de consenso de uma pesquisa da Reuters era de que haveria uma ligeira redução, para 15 bilhões de euros.

"A Alemanha está sofrendo com a crise do euro --diretamente através de queda da demanda e indiretamente através da fraca confiança que pesa sobre os investimentos", afirmou Christian Schulz, do Berenberg Bank. "A economia alemã deve ter encolhido no quarto trimestre. Mas a perspectiva está melhor." A Alemanha tem sido um motor de crescimento durante a crise do euro de três anos, mas a fraqueza em outras partes da União Europeia, para onde o país vende cerca de 60 por cento de seus produtos exportados, está pesando sobre as exportações.


Crises de dívida soberana fizeram com que a maioria de seus parceiros elevasse os impostos e cortasse gastos, o que significa apetite mais fraco por bens alemães, embora a demanda de mercados emergentes tenha compensado isso de alguma forma.

Os detalhes dos dados comerciais alemães em uma base não ajustada mostraram que as exportações para a zona do euro caíram 5,7 por cento no ano, com as exportações para países fora da Europa tenham crescido 5,6 por cento.

A queda nas importações levanta questões sobre a capacidade da demanda doméstica de sustentar o crescimento durante a crise da zona do euro, como muitos esperavam.

Os fundamentos para a demanda doméstica permanecem fortes, com o desemprego ainda perto da taxa mínima em 20 anos e os salários subindo pela primeira vez em anos.

Mas a sentimento do consumidor caiu pelo quarto mês consecutivo para seu nível mais baixo em mais de um ano e o desemprego subiu pelo nono mês seguido em dezembro.

No entanto, economistas estavam otimistas sobre as perspectivas para a Alemanha, apontando para os recentes dados positivos. O setor privado da Alemanha expandiu pela primeira vez em oito meses em dezembro, à medida que o setor de serviços se recuperou, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras da semana passada.

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Berlim - As importações alemãs caíram inesperadamente em novembro e as exportações também tiveram uma queda acentuada, reduzindo o superávit comercial, em mais um sinal de que crise da zona do euro levou a uma contração no quarto trimestre na maior economia da região.

As importações recuaram 3,7 por cento, enquanto as exportações caíram 3,4 por cento, mostraram dados da Agência Federal de Estatísticas divulgados nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam que as importações crescessem 0,4 por cento e as remessas para o exterior caíssem 0,5 por cento.

O superávit comercial ajustado sazonalmente diminuiu mais que o esperado para 14,6 bilhões de euros, ante 14,9 bilhões em outubro de acordo com dados revisados. A previsão de consenso de uma pesquisa da Reuters era de que haveria uma ligeira redução, para 15 bilhões de euros.

"A Alemanha está sofrendo com a crise do euro --diretamente através de queda da demanda e indiretamente através da fraca confiança que pesa sobre os investimentos", afirmou Christian Schulz, do Berenberg Bank. "A economia alemã deve ter encolhido no quarto trimestre. Mas a perspectiva está melhor." A Alemanha tem sido um motor de crescimento durante a crise do euro de três anos, mas a fraqueza em outras partes da União Europeia, para onde o país vende cerca de 60 por cento de seus produtos exportados, está pesando sobre as exportações.


Crises de dívida soberana fizeram com que a maioria de seus parceiros elevasse os impostos e cortasse gastos, o que significa apetite mais fraco por bens alemães, embora a demanda de mercados emergentes tenha compensado isso de alguma forma.

Os detalhes dos dados comerciais alemães em uma base não ajustada mostraram que as exportações para a zona do euro caíram 5,7 por cento no ano, com as exportações para países fora da Europa tenham crescido 5,6 por cento.

A queda nas importações levanta questões sobre a capacidade da demanda doméstica de sustentar o crescimento durante a crise da zona do euro, como muitos esperavam.

Os fundamentos para a demanda doméstica permanecem fortes, com o desemprego ainda perto da taxa mínima em 20 anos e os salários subindo pela primeira vez em anos.

Mas a sentimento do consumidor caiu pelo quarto mês consecutivo para seu nível mais baixo em mais de um ano e o desemprego subiu pelo nono mês seguido em dezembro.

No entanto, economistas estavam otimistas sobre as perspectivas para a Alemanha, apontando para os recentes dados positivos. O setor privado da Alemanha expandiu pela primeira vez em oito meses em dezembro, à medida que o setor de serviços se recuperou, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras da semana passada.

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