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Cuba fixa teto para preços de alimentos em meio à inflação

Os preços de alimentos agrícolas ficaram 27% mais caros para a população em 2014, segundo dados oficiais

Cuba: entre os produtos incluídos na medida estão alho, cebola, feijão, banana, mamão, alface e tomate (Enrique De La Osa / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 14h16.

Cuba estabeleceu nesta terça-feira um teto para os preços de 23 alimentos agrícolas de alta demanda, em uma tentativa de aumentar a capacidade de compra dos baixos salários e após decretar uma redução de até 20% em vários produtos nas lojas estatais.

Os preços de alimentos agrícolas ficaram 27% mais caros para a população em 2014, segundo dados oficiais, e continuaram subindo em 2015 e ao longo deste ano, embora as autoridades não tenham voltado a publicar os dados sobre os aumentos.

Reagindo a essa inflação, o Ministério das Finanças e Preços fixou uma tabela com preços máximos.

Entre os produtos incluídos na medida estão alho, cebola, feijão, banana, mamão, alface e tomate.

"Trata-se de uma proteção ao consumidor e aos produtores agropecuários, pois garante a estabilidade nos níveis de preços", afirmou o ministério em uma nota publicada pela imprensa.

O governo atribui a especulação de preços à insuficiente produção que não satisfaz a demanda e aos "intermediários" entre o produtor e o mercado.

Durante o Sétimo Congresso do governante Partido Comunista (PCC) celebrado em abril, o presidente Raúl Castro anunciou sua decisão de enfrentar o problema inflacionário.

"Não podemos ficar de braços cruzados diante da irritação dos cidadãos pela manipulação inescrupulosa dos preços por parte de intermediários", disse o presidente cubano.

Cuba importa cerca de 80% dos alimentos que consume, o que obriga o governo a desembolsar aproximadamente 2 bilhões de dólares por ano, valor alto para o erário público.

Embora Raúl Castro tenha priorizado o assunto nas reformas econômicas empreendidas em 2007, repartindo terras ociosas, autorizando vendas de equipamentos e insumos o resultado produtivo ainda é muito insuficiente para a demanda.

A situação se aprofundou pela crescente chegada de turistas a Cuba, que em 2015 chegou a 3,5 milhões, associada à ausência de um mercado atacadista na ilha, em estudo há cinco anos.

Desse modo, as centenas de restaurantes privados compram seus mantimentos no mercado varejista, competindo com o cidadão comum, o que estimula o aumento dos preços.

O salário médio em Cuba é de aproximadamente 24 dólares e o governo por enquanto descarta um aumento. Os serviços de educação e saúde são gratuitos, e todo cubano recebe uma cesta básica mínima de alimentos a preços subsidiados.

Dos quase cinco milhões de cubanos que trabalham, 3,5 o fazem em estabelecimentos, fábricas e serviços estatais. Os demais trabalham no setor privado e em cooperativas, com salários maiores.

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Cuba estabeleceu nesta terça-feira um teto para os preços de 23 alimentos agrícolas de alta demanda, em uma tentativa de aumentar a capacidade de compra dos baixos salários e após decretar uma redução de até 20% em vários produtos nas lojas estatais.

Os preços de alimentos agrícolas ficaram 27% mais caros para a população em 2014, segundo dados oficiais, e continuaram subindo em 2015 e ao longo deste ano, embora as autoridades não tenham voltado a publicar os dados sobre os aumentos.

Reagindo a essa inflação, o Ministério das Finanças e Preços fixou uma tabela com preços máximos.

Entre os produtos incluídos na medida estão alho, cebola, feijão, banana, mamão, alface e tomate.

"Trata-se de uma proteção ao consumidor e aos produtores agropecuários, pois garante a estabilidade nos níveis de preços", afirmou o ministério em uma nota publicada pela imprensa.

O governo atribui a especulação de preços à insuficiente produção que não satisfaz a demanda e aos "intermediários" entre o produtor e o mercado.

Durante o Sétimo Congresso do governante Partido Comunista (PCC) celebrado em abril, o presidente Raúl Castro anunciou sua decisão de enfrentar o problema inflacionário.

"Não podemos ficar de braços cruzados diante da irritação dos cidadãos pela manipulação inescrupulosa dos preços por parte de intermediários", disse o presidente cubano.

Cuba importa cerca de 80% dos alimentos que consume, o que obriga o governo a desembolsar aproximadamente 2 bilhões de dólares por ano, valor alto para o erário público.

Embora Raúl Castro tenha priorizado o assunto nas reformas econômicas empreendidas em 2007, repartindo terras ociosas, autorizando vendas de equipamentos e insumos o resultado produtivo ainda é muito insuficiente para a demanda.

A situação se aprofundou pela crescente chegada de turistas a Cuba, que em 2015 chegou a 3,5 milhões, associada à ausência de um mercado atacadista na ilha, em estudo há cinco anos.

Desse modo, as centenas de restaurantes privados compram seus mantimentos no mercado varejista, competindo com o cidadão comum, o que estimula o aumento dos preços.

O salário médio em Cuba é de aproximadamente 24 dólares e o governo por enquanto descarta um aumento. Os serviços de educação e saúde são gratuitos, e todo cubano recebe uma cesta básica mínima de alimentos a preços subsidiados.

Dos quase cinco milhões de cubanos que trabalham, 3,5 o fazem em estabelecimentos, fábricas e serviços estatais. Os demais trabalham no setor privado e em cooperativas, com salários maiores.

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