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Crise é mais política que econômica, diz chanceler espanhol

Segundo o ministro, a crise europeia foi provocada pelo fato da união monetária do bloco não ter sido acompanhada de uma união financeira e fiscal

O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, discursa na cúpula Ibero-americana, em Cádiz: ele defendeu que o BC lance uma união bancária (Lluis Gene/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 10h54.

Cádiz - A crise da dívida que afeta o sul da Europa "é uma crise política", provocada pelo fato da união monetária não ter sido acompanhada de uma união financeira e fiscal e, portanto, necessita de uma "solução política", afirmou nesta sexta-feira o chanceler espanhol na cúpula de Cádiz.

Na Europa, "adotamos uma moeda única, mas não adotamos um mercado financeiro integrado, nem um governo econômico", afirmou o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, explicando as razões da crise que atinge países como Espanha, Portugal e Grécia, em um fórum empresarial reunido à margem da XXII Cúpula Ibero-americana.

"Nós acreditamos que essas ausências poderiam ser preenchidas com uma política monetária centralizada", mas o resultado foi uma taxa de juros única que proporcionou crédito fácil e consequentemente o surgimento de bolhas imobiliárias, cuja explosão afundou as economias, acrescentou.

Agora, "com absoluta irresponsabilidade, fala-se da saída de um país do euro", ressaltou, em referência ao caso grego, lamentando que isso levará "os investidores a desconfiar de nossa vontade de permanecer juntos".

"A crise na Europa não é uma crise econômica, é uma crise política, e a solução é política", declarou García-Margallo, que exigiu medidas na da zona do euro.

"O Banco Central (europeu, BCE) deve continuar a fazer empréstimos ilimitados", deve "lançar uma união bancária" e estabelecer um "mecanismo de resolução de crises comum, porque o colapso de um parceiro afeta o grupo como um todo", afirmou.

Além disso, "deve haver uma última trincheira, um mecanismo de resgate que coloque o dinheiro público, se o anterior não for o suficiente, para sair do problema", acrescentou.

Mais uma vez em recessão, desde o final de 2011, apenas dois anos depois de a deixar, a economia espanhola não consegue evitar ser afetada pelo alto custo de financiamento dos mercados, um desemprego de 25%, um setor imobiliário sinistrado e um bancário em plena reestruturação.

Neste contexto, o governo espanhol, que lançou uma política de austeridade draconiana, está sob pressão para buscar um resgate de sua economia.

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Na Europa, "adotamos uma moeda única, mas não adotamos um mercado financeiro integrado, nem um governo econômico", afirmou o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, explicando as razões da crise que atinge países como Espanha, Portugal e Grécia, em um fórum empresarial reunido à margem da XXII Cúpula Ibero-americana.

"Nós acreditamos que essas ausências poderiam ser preenchidas com uma política monetária centralizada", mas o resultado foi uma taxa de juros única que proporcionou crédito fácil e consequentemente o surgimento de bolhas imobiliárias, cuja explosão afundou as economias, acrescentou.

Agora, "com absoluta irresponsabilidade, fala-se da saída de um país do euro", ressaltou, em referência ao caso grego, lamentando que isso levará "os investidores a desconfiar de nossa vontade de permanecer juntos".

"A crise na Europa não é uma crise econômica, é uma crise política, e a solução é política", declarou García-Margallo, que exigiu medidas na da zona do euro.

"O Banco Central (europeu, BCE) deve continuar a fazer empréstimos ilimitados", deve "lançar uma união bancária" e estabelecer um "mecanismo de resolução de crises comum, porque o colapso de um parceiro afeta o grupo como um todo", afirmou.

Além disso, "deve haver uma última trincheira, um mecanismo de resgate que coloque o dinheiro público, se o anterior não for o suficiente, para sair do problema", acrescentou.

Mais uma vez em recessão, desde o final de 2011, apenas dois anos depois de a deixar, a economia espanhola não consegue evitar ser afetada pelo alto custo de financiamento dos mercados, um desemprego de 25%, um setor imobiliário sinistrado e um bancário em plena reestruturação.

Neste contexto, o governo espanhol, que lançou uma política de austeridade draconiana, está sob pressão para buscar um resgate de sua economia.

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