Crise é econômica, política e ética, diz economista da FGV
"Essas três dimensões se retroalimentam e geram uma onda de incertezas", declarou Langon
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 13h26.
Rio - A crise que o país atravessa tem origem econômica, política e ética, definiu Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central , durante o seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) .
"Eu acho que o que torna essa crise mais desafiante é que ela tem pelo menos três dimensões. Ela é econômica, sim, e também é política e ética. E essas três dimensões se retroalimentam e geram uma onda de incertezas", declarou Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV.
O ex-presidente do BC reconhece que o país sofre impacto de um cenário mundial adverso, como a desaceleração da China. Ele pondera, porém, que o recuo tão intenso no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não pode ser explicado apenas pelo ambiente externo.
"A desaceleração chinesa tem impacto direto sobre o Brasil. A China é nosso maior parceiro comercial e de investimentos, mas nada explica impacto tão direto e profundo. É uma crise que tem raiz interna, talvez por isso seja complexa", afirmou.
Langoni defendeu que o ajuste também passa por uma reforma política, previdenciária e trabalhista. "As economias saem de crise. Agora tem que construir essa ponte pós ajuste", disse ele.
Apoio a Levy
Principal defensor do ajuste em curso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) durante o evento, em meio às especulações de que estaria próximo de deixar o cargo.
"Aqui no Rio, o ministro tem o apoio do empresariado", afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
Segundo o presidente da Firjan, a conta a pagar pelo ajuste será pesada, mas o ministro tem o apoio da federação no Rio. Embora haja pontos de discordâncias em relação às políticas adotadas, Eduardo Eugenio disse que o ministro "tem estado empenhado num cenário adverso".
"O que a indústria deseja é governabilidade", disse Eduardo Eugenio, citando que é necessário recuperar a confiança para que haja retomada do investimento.
Rio - A crise que o país atravessa tem origem econômica, política e ética, definiu Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central , durante o seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) .
"Eu acho que o que torna essa crise mais desafiante é que ela tem pelo menos três dimensões. Ela é econômica, sim, e também é política e ética. E essas três dimensões se retroalimentam e geram uma onda de incertezas", declarou Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV.
O ex-presidente do BC reconhece que o país sofre impacto de um cenário mundial adverso, como a desaceleração da China. Ele pondera, porém, que o recuo tão intenso no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não pode ser explicado apenas pelo ambiente externo.
"A desaceleração chinesa tem impacto direto sobre o Brasil. A China é nosso maior parceiro comercial e de investimentos, mas nada explica impacto tão direto e profundo. É uma crise que tem raiz interna, talvez por isso seja complexa", afirmou.
Langoni defendeu que o ajuste também passa por uma reforma política, previdenciária e trabalhista. "As economias saem de crise. Agora tem que construir essa ponte pós ajuste", disse ele.
Apoio a Levy
Principal defensor do ajuste em curso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) durante o evento, em meio às especulações de que estaria próximo de deixar o cargo.
"Aqui no Rio, o ministro tem o apoio do empresariado", afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
Segundo o presidente da Firjan, a conta a pagar pelo ajuste será pesada, mas o ministro tem o apoio da federação no Rio. Embora haja pontos de discordâncias em relação às políticas adotadas, Eduardo Eugenio disse que o ministro "tem estado empenhado num cenário adverso".
"O que a indústria deseja é governabilidade", disse Eduardo Eugenio, citando que é necessário recuperar a confiança para que haja retomada do investimento.