Crescimento da economia chinesa é o mais baixo em cinco anos
Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o PIB chinês registrou uma expansão de 7,3% entre julho e setembro
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 17h32.
O crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) da China desacelerou no terceiro trimestre, ficando em 7,3%, o mais baixo em cinco anos, apesar de os economistas ressaltarem uma estabilização da segunda potência econômica mundial.
Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o PIB chinês registrou uma expansão de 7,3% entre julho e setembro, o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2009. No segundo trimestre, o crescimento foi de 7,5%.
O dado do terceiro trimestre é superior à média de 7,2%, prevista por um painel de 17 analistas entrevistados pela AFP.
Nos primeiros nove meses, a economia chinesa cresceu 7,4%, segundo ONS, abaixo da meta do governo de 7,5% para o ano.
A economia chinesa acusa uma redução da bolha imobiliária, os efeitos de uma vasta campanha anticorrupção e a fragilidade da demanda da Europa.
É quase certo que o dado vai suscitar dúvidas sobre a força da economia mundial, mas autoridades econômicas chinesas e vários analistas deram rapidamente uma imagem positiva das perspectivas do país.
"A economia registrou uma dinâmica de crescimento estável nos três primeiros trimestres de 2014", afirmou a ONS em um comentário, admitindo que "o meio tanto interno como externo continua muito difícil e nosso desenvolvimento econômico enfrenta inúmeros desafios".
"A desaceleração se explica em parte pelos contratempos inesperados e dolorosos provocados pelas reformas estruturais em curso", explicou Sheng Laiyun, porta-voz da ONS.
O governo de Pequim tem o objetivo de reequilibrar o modelo econômico, reduzindo os monopólios dos grandes grupos públicos e as sobrecapacidades industriais, dando um papel maior ao setor privado e reduzindo a dívida privada.
E isso apesar de o crescimento econômico ter de ressentir-se um pouco.
Produção industrial se fortalece
Depois de um crescimento de 7,7% em 2012 e em 2013 - um nível que não se via desde 1999 -, os analistas entrevistados pela AFP preveem um crescimento este ano de 7,3%, o que seria o pior resultado do país em 25 anos.
A deterioração da conjuntura e a desaceleração da atividade no início do ano levaram Pequim a adotar no ano passado medidas seletivas - reduções fiscais e flexibilização monetária limitada - para incentivar os empréstimos às pequenas empresas.
Mas este "miniplano de relançamento" se viu rapidamente ofuscado por vários indicadores econômicos divulgados posteriormente.
Os outros dados apresentados nesta terça-feira oferecem um panorama de contrastes.
Segundo o órgão, a produção industrial cresceu 8% em setembro, muito mais que em agosto (6,9%).
"O dado é um sinal animador, que permite prever uma retomada econômica no último trimestre do ano", segundo os economistas do banco japonês Nomura.
Em compensação, o consumo das famílias desacelerou no mês passado, crescendo 11,6%, depois do +11,9% registrado em agosto.
Quanto aos investimentos em capital fixo - que refletem os gastos na infraestrutura - cresceram 16,1% nos primeiros nove meses de 2014, um dado inferior às expectativas do mercado.
Ma Xiaoping, uma economista do banco HSBC em Pequim, afirmou à AFP que a economia chinesa está se estabilizando, e que "atualmente não há um risco de uma queda acelerada do crescimento".
Diante desta situação, a economista acredita que Pequim pode se limitar a continuar apoiando setores concretos.
Em meados de setembro, o banco central injetou meio trilhão de iuanes (81 bilhões de dólares) nas cinco maiores entidades do país, e teria planos emprestar mais dinheiro a outros vinte bancos, para facilitar o crédito às empresas.
O crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) da China desacelerou no terceiro trimestre, ficando em 7,3%, o mais baixo em cinco anos, apesar de os economistas ressaltarem uma estabilização da segunda potência econômica mundial.
Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o PIB chinês registrou uma expansão de 7,3% entre julho e setembro, o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2009. No segundo trimestre, o crescimento foi de 7,5%.
O dado do terceiro trimestre é superior à média de 7,2%, prevista por um painel de 17 analistas entrevistados pela AFP.
Nos primeiros nove meses, a economia chinesa cresceu 7,4%, segundo ONS, abaixo da meta do governo de 7,5% para o ano.
A economia chinesa acusa uma redução da bolha imobiliária, os efeitos de uma vasta campanha anticorrupção e a fragilidade da demanda da Europa.
É quase certo que o dado vai suscitar dúvidas sobre a força da economia mundial, mas autoridades econômicas chinesas e vários analistas deram rapidamente uma imagem positiva das perspectivas do país.
"A economia registrou uma dinâmica de crescimento estável nos três primeiros trimestres de 2014", afirmou a ONS em um comentário, admitindo que "o meio tanto interno como externo continua muito difícil e nosso desenvolvimento econômico enfrenta inúmeros desafios".
"A desaceleração se explica em parte pelos contratempos inesperados e dolorosos provocados pelas reformas estruturais em curso", explicou Sheng Laiyun, porta-voz da ONS.
O governo de Pequim tem o objetivo de reequilibrar o modelo econômico, reduzindo os monopólios dos grandes grupos públicos e as sobrecapacidades industriais, dando um papel maior ao setor privado e reduzindo a dívida privada.
E isso apesar de o crescimento econômico ter de ressentir-se um pouco.
Produção industrial se fortalece
Depois de um crescimento de 7,7% em 2012 e em 2013 - um nível que não se via desde 1999 -, os analistas entrevistados pela AFP preveem um crescimento este ano de 7,3%, o que seria o pior resultado do país em 25 anos.
A deterioração da conjuntura e a desaceleração da atividade no início do ano levaram Pequim a adotar no ano passado medidas seletivas - reduções fiscais e flexibilização monetária limitada - para incentivar os empréstimos às pequenas empresas.
Mas este "miniplano de relançamento" se viu rapidamente ofuscado por vários indicadores econômicos divulgados posteriormente.
Os outros dados apresentados nesta terça-feira oferecem um panorama de contrastes.
Segundo o órgão, a produção industrial cresceu 8% em setembro, muito mais que em agosto (6,9%).
"O dado é um sinal animador, que permite prever uma retomada econômica no último trimestre do ano", segundo os economistas do banco japonês Nomura.
Em compensação, o consumo das famílias desacelerou no mês passado, crescendo 11,6%, depois do +11,9% registrado em agosto.
Quanto aos investimentos em capital fixo - que refletem os gastos na infraestrutura - cresceram 16,1% nos primeiros nove meses de 2014, um dado inferior às expectativas do mercado.
Ma Xiaoping, uma economista do banco HSBC em Pequim, afirmou à AFP que a economia chinesa está se estabilizando, e que "atualmente não há um risco de uma queda acelerada do crescimento".
Diante desta situação, a economista acredita que Pequim pode se limitar a continuar apoiando setores concretos.
Em meados de setembro, o banco central injetou meio trilhão de iuanes (81 bilhões de dólares) nas cinco maiores entidades do país, e teria planos emprestar mais dinheiro a outros vinte bancos, para facilitar o crédito às empresas.