Cresce chance de Espanha ser atingida por crise europeia
Na última semana, custo dos empréstimos atingiu os níveis mais altos em quatro meses
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2012 às 14h58.
Madri - Depois de Grécia, Portugal e Irlanda pedirem ajuda internacional, o foco de preocupação agora é a Espanha. Na última semana, investidores ficaram muito preocupados e receosos em comprar títulos da dívida da Espanha, o que elevou o custo do empréstimo aos níveis mais altos em quatro meses. Esse temor fez as bolsas de valores despencarem.
Na realidade, as preocupações com a economia da Espanha existem há tempos. A pressão no mercado de títulos espanhol começou a crescer em 2011 à medida que o déficit do país cresceu e o desemprego se expandiu de forma expressiva. Mas no final de 2011, dois fatores ajudaram a aliviar a pressão. Primeiro, o Partido Popular de Mariano Rajoy - de direita e pró-austeridade - ganhou as eleições em novembro. O segundo fator, foi a injeção de mais de US$ 1,3 trilhão no sistema financeiro da região feita pelo Banco Central da Europa no sistema financeiro da região através de empréstimos subsidiados aos bancos.
A injeção de capital induziu os bancos a comprar dívida do governo, o que reduziu os custos de empréstimo da Espanha. Entretanto, os efeitos dos empréstimos baratos pela Europa se dissiparam e a Espanha está sentindo a ressaca da desconfiança do mercado.
A administração de Rajoy está enfrentando dois grandes desafios: ressuscitar uma economia com 23% de desempenho através da criação de empregos enquanto tenta reduzir seu déficit para satisfazer os investidores via medidas austeras. Para ajudá-los a atingir as metas, o governo já impôs cortes de gastos severos e introduziu reformas nos mercados de trabalho e no setor bancário.
Porém, os bancos espanhóis estão com grande volume de empréstimos imobiliários tóxicos e alguns dos governantes regionais do país já gastaram bem mais do que arrecadam. Rajoy já advertiu seus eleitores que a Espanha está em uma dura caminhada, e que as coisas vão ficar bem piores antes de melhorar. Com uma mão, o governo está retirando dinheiro da economia à medida que ele tenta reduzir seu déficit através de cortes austeros. Com a outra, o governo tenta criar uma economia mais eficiente através da reforma das rígidas leis trabalhistas e desta forma encorajar as companhias a recontratarem à medida que Espanha e Europa forem se recuperando.
A zona do euro recentemente aumentou o tamanho de seu colchão financeiro para ajudar seus membros, se eles não conseguirem levantar recursos no mercado. Mas a economia espanhola de US$ 1,45 trilhão é duas vezes o tamanho dos três outros pacotes de ajuda juntos. Analistas estão preocupados de que o "colchão" da UE de 800 bilhões de euros não seja grande o suficiente para lidar com a potencial ameaça vindo da Espanha e outros países endividados como a Itália. As informações são da Associated Press.
Madri - Depois de Grécia, Portugal e Irlanda pedirem ajuda internacional, o foco de preocupação agora é a Espanha. Na última semana, investidores ficaram muito preocupados e receosos em comprar títulos da dívida da Espanha, o que elevou o custo do empréstimo aos níveis mais altos em quatro meses. Esse temor fez as bolsas de valores despencarem.
Na realidade, as preocupações com a economia da Espanha existem há tempos. A pressão no mercado de títulos espanhol começou a crescer em 2011 à medida que o déficit do país cresceu e o desemprego se expandiu de forma expressiva. Mas no final de 2011, dois fatores ajudaram a aliviar a pressão. Primeiro, o Partido Popular de Mariano Rajoy - de direita e pró-austeridade - ganhou as eleições em novembro. O segundo fator, foi a injeção de mais de US$ 1,3 trilhão no sistema financeiro da região feita pelo Banco Central da Europa no sistema financeiro da região através de empréstimos subsidiados aos bancos.
A injeção de capital induziu os bancos a comprar dívida do governo, o que reduziu os custos de empréstimo da Espanha. Entretanto, os efeitos dos empréstimos baratos pela Europa se dissiparam e a Espanha está sentindo a ressaca da desconfiança do mercado.
A administração de Rajoy está enfrentando dois grandes desafios: ressuscitar uma economia com 23% de desempenho através da criação de empregos enquanto tenta reduzir seu déficit para satisfazer os investidores via medidas austeras. Para ajudá-los a atingir as metas, o governo já impôs cortes de gastos severos e introduziu reformas nos mercados de trabalho e no setor bancário.
Porém, os bancos espanhóis estão com grande volume de empréstimos imobiliários tóxicos e alguns dos governantes regionais do país já gastaram bem mais do que arrecadam. Rajoy já advertiu seus eleitores que a Espanha está em uma dura caminhada, e que as coisas vão ficar bem piores antes de melhorar. Com uma mão, o governo está retirando dinheiro da economia à medida que ele tenta reduzir seu déficit através de cortes austeros. Com a outra, o governo tenta criar uma economia mais eficiente através da reforma das rígidas leis trabalhistas e desta forma encorajar as companhias a recontratarem à medida que Espanha e Europa forem se recuperando.
A zona do euro recentemente aumentou o tamanho de seu colchão financeiro para ajudar seus membros, se eles não conseguirem levantar recursos no mercado. Mas a economia espanhola de US$ 1,45 trilhão é duas vezes o tamanho dos três outros pacotes de ajuda juntos. Analistas estão preocupados de que o "colchão" da UE de 800 bilhões de euros não seja grande o suficiente para lidar com a potencial ameaça vindo da Espanha e outros países endividados como a Itália. As informações são da Associated Press.