Copom deve procurar ponto de equilíbrio
Mesmo com as prévias dos índices de novembro apontando para a sustentação do ritmo de queda da inflação, a maior parte do mercado acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduza a taxa de juros em 1 ponto percentual. O corte é considerado tímido, mas cauteloso a recuperação da indústria e […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h08.
Mesmo com as prévias dos índices de novembro apontando para a sustentação do ritmo de queda da inflação, a maior parte do mercado acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduza a taxa de juros em 1 ponto percentual. O corte é considerado tímido, mas cauteloso a recuperação da indústria e da demanda, na opinião dos analistas, podem causar um estrago nos índices inflacionários caso os juros tenham redução drástica na véspera do período que mais se consome.
Nesta quarta-feira (19/11), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou a segunda prévia do mês da taxa de inflação ao consumidor (IPC). Foi menor do que a primeira e do que a inflação de outubro: 0,37%, contra 0,52% e 0,63%, respectivamente.
Hoje também saiu o IPCA-15 de novembro, medido pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE). A variação foi de 0,17%, resultado inferior ao de outubro 0,66%.
O Copom, que está reunido desde ontem e irá divulgar a nova Selic após o fechamento do mercado de hoje, certamente está de olho nestes números. A expectativa é sobre qual o ponto de equilíbrio que o BC julgará ideal para não descontrolar a inflação e nem desestimular o reaquecimento da economia. Uma redução abaixo dos 100 pontos poderá estragar um pouco o mercado, diz o relatório do economista-chefe do Bradesco, Otávio de Barros. Não convém pisar no freio muito antes da curva.