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Contratação de empréstimos para infraestrutura sobe 26% em 2017

Destaque foram os projetos da Área de Energia, cujos novos contratos somaram R$ 15,46 bilhões ano passado

BNDES projeta que as contratações de novos financiamentos para o setor de infraestrutura somarão R$ 54 bilhões em 2018 e 2019 (Pilar Olivares/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 17h09.

Rio de Janeiro - Apesar da recessão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) contratou R$ 19,45 bilhões em novos financiamentos para o setor de infraestrutura em 2017, uma alta nominal de 26% ante o valor total de 2016.

O destaque foram os projetos da Área de Energia, cujos novos contratos somaram R$ 15,46 bilhões ano passado, quase o dobro de 2016.

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"O que aconteceu foi que no setor de energia tivemos leilões mais regulares e com isso esse pipeline (de empréstimos) foi alimentado", afirmou Marilene Ramos, diretora das áreas de infraestrutura do BNDES.

Ainda apostando na demanda gerada pelos leilões de energia de 2016 e 2017, o BNDES projeta que as contratações de novos financiamentos para o setor de infraestrutura somarão R$ 54 bilhões em 2018 e 2019. O valor para 2018 deverá ficar acima de R$ 30 bilhões, disse Marilene.

Segundo a diretora, a projeção está garantida, mesmo se o BNDES devolver todos os R$ 130 bilhões da dívida com o Tesouro Nacional, conforme o pedido feito pelo Ministério da Fazenda no ano passado.

"Acreditamos que o BNDES tem condição de ter o funding necessário para atender essa demanda", afirmou Marilene, completando que a projeção não é ameaçada pela necessidade de devolver recursos "pelas condições de captação que o banco tem".

Os R$ 54 bilhões em novos empréstimos previstos para 2018 e 2019 estão baseados no conjunto de pedidos de financiamento em análise pelo BNDES.

Ao citar exemplos, a superintendente da Área de Saneamento e Transportes, Luciene Machado, citou o plano de investimentos 2015-2019 da Rumo Logística, que está em "fase final de análise".

Segundo a executiva, a empresa deverá tomar de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões junto ao BNDES para financiar o plano.

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