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Consumo de gás natural cresce 26,3% no acumulado até julho

Expansão da economia e aumento do consumo das termelétricas impulsionam as distribuidoras de gás

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

O consumo de gás natural atingiu 7,585 bilhões de metros cúbicos no acumulado entre janeiro e julho. O volume é 26,3% maior que os 6,003 bilhões de metros cúbicos de igual período do ano passado. O crescimento da economia, que impulsionou o consumo de gás pelas indústrias, e a expansão das termelétricas foram os principais motivos da elevação de demanda, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Somente em julho, o consumo de gás natural atingiu 36,6 milhões de metros cúbicos diários. O volume é 27,1% maior que o do mesmo mês do ano passado.

O setor industrial responde por 62,5% do gás consumido no país, seguido pelas usinas termelétricas (23,2%), gás veicular (11,5%), residências (1,6%) e comércio (1,2%). "Nossa expectativa é que a demanda industrial cresça ainda mais nesse final de ano", afirma o presidente da Abegás, Romero de Oliveira e Silva. Segundo Silva, os meses de setembro, outubro e novembro representam o pico da produção industrial para atender aos pedidos do Natal. "Também é o período de consumo mais elevado do gás", diz.

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Nem mesmo o aumento de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, determinado nesta semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom), impedirá que o consumo de gás natural encerre o ano com um crescimento de dois dígitos. "A alta dos juros não compromete os planos de investimento de curto prazo. Quem se programou para expandir a produção neste ano já está com as máquinas compradas e vai concluir o processo", diz Silva. Segundo ele, o maior problema é que os juros inibirão que novos investimentos sejam feitos.

No acumulado do ano, o destaque ficou para o crescimento de 67,7% do consumo das termelétricas. "O peso deste setor é muito grande sobre a demanda do país", afirma Silva. Em algumas regiões, por exemplo, as usinas térmicas são responsáveis pela quase totalidade do consumo do combustível. É o caso do Centro-Oeste, em que a demanda saltou 312,8% entre janeiro e julho em relação a igual período do ano passado. Em outubro de 2003, a usina de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, converteu seu processo de óleo diesel para gás. Essa conversão e o aumento do consumo das outras duas térmicas da região (Cuiabá e Campo Grande) foram as principais responsáveis pelo aumento da demanda de gás do Centro-Oeste.

Outro segmento em que a Abegás aposta suas fichas é o automotivo. Os estudos e os primeiros protótipos de veículos tricombustíveis estão animando a entidade, que conta com 23 distribuidoras de gás associadas, das 25 que existem no país. "Nosso maior desejo é que as montadoras criem linhas de veículos tricombustíveis e não apenas carros adaptados", diz Silva. Para se ter uma idéia do potencial desse nicho, o consumo industrial de gás está crescendo a taxas anuais de 17%, enquanto a demanda veicular aumenta ao ritmo de 24% ao ano.

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