Rio - Em meio à preocupação com o nível dos reservatórios de água no Sudeste e a crise no setor energético, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira que o consumo de energia elétrica no País cresceu 4,6% em março, ante o mesmo período do último ano, superando a marca de 40.250 GWh.
A alta foi registrada em todos os segmentos, com destaque para a indústria, que começa a reverter os sinais de queda na produção, com alta no consumo de 1,3%. No acumulado do trimestre, o setor teve elevação de 0,7%.
O crescimento no consumo industrial, segundo a EPE, retomou o patamar de dois anos atrás, com alta acumulada de 1,3% em 12 meses.
"Já é possível observar que começam a cessar os efeitos estatísticos da redução das atividades da indústria eletrointensiva, notadamente a metalurgia do alumínio", diz a Resenha Mensal de consumo, publicada pela instituição.
No consumo doméstico, a alta foi de 10% no trimestre. A empresa destaca ainda que a elevação no consumo residencial é a maior já registrada no período desde o início da pesquisa, em 2004.
Na comparação mensal de março de 2014 com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 8,8%.
"Esse resultado reflete o expressivo aumento do consumo verificado nos meses de janeiro e fevereiro ocasionado pelo calor atípico nas regiões Sul e Sudeste", informa a EPE. O destaque ficou com a região sul, que teve alta de 17,5% no consumo do trimestre.
Já o Sudeste, que representa metade do consumo residencial do País, a alta foi de 7,8%. Segundo o estudo, a forte elevação também se deve a uma maior posse de aparelhos de ar condicionado pelas famílias.
No comércio, a expansão registrada no trimestre foi de 10,8%, também influenciada pelo forte calor durante o período.
Nas regiões Sul e Sudeste, a alta no trimestre foi superior a 12%. Em março, o consumo no setor cresceu 8,3%.
"O consumo de eletricidade apurado naquele mês foi influenciado por dois fatores conjunturais: ainda as temperaturas excepcionalmente elevadas do verão que se encerrou no mês e o calendário, com a incidência do Carnaval no início daquele mês", explica o documento.
São Paulo* – As condições climáticas levaram a consultoria PSR a elevar a probabilidade de ocorrência de um racionamento de
energia no Brasil de 6,0% em janeiro para 17,5% em fevereiro, segundo relatório do Morgan Stanley Research. Os setores mais vulneráveis a aumentos de
preços são os de aço (a
eletricidade representou 31,3% do ebitda deles em 2013), industrial (11,9%) e bebidas e alimentos (8,8%). O banco afirma que, em um cenário de racionamento, a maior parte dos papéis de sua cobertura deve ser afetado negativamente. O Morgan Stanley indica quais seriam os papéis mais afetados. *Matéria atualizada no dia 21 de fevereiro, às 14:04 horas, após contato de uma das empresas e envio do relatório corrigido pelo Morgan Stanley. A alteração retirou as ações de Hypermarcas e JBS da lista e acrescentou o papel da Vale.
2. 1. Usiminas (USIM5) 2 /11(Domingos Peixoto/EXAME)
Gastos com energia nos custos: 9,1% Gastos com energia no Ebitda: 40,6% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -27,80%
3. 2. Minerva (BEEF3) 3 /11(Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 3,7% Gastos com energia no Ebitda: 31,8% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -12,70%
4. 3. Gerdau (GGBR4) 4 /11(Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
Gastos com energia nos custos: 4,4% Gastos com energia no Ebitda: 27,3% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,63%
5. 4. Duratex (DTEX3) 5 /11(Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 7,2% Gastos com energia no Ebitda: 15,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,96%
6. 5. M. Dias Branco (MDIA3) 6 /11(Divulgação/M. Dias Branco)
Gastos com energia nos custos: 3,0% Gastos com energia no Ebitda: 13,1% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -15,88%
7. 6. Iochpe-Maxion (MYPK3) 7 /11(Pedro Motta/EXAME.com)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 20,2% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -14,07%
8. 7. Embraer (EMBR3) 8 /11(Mark Elias/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 2,0% Gastos com energia no Ebitda: 12,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: 4,24%
9. 8. Oi (OIBR4) 9 /11(Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 6,2% Classificação da ação: sem indicação Variação da ação em 2014: 6,13%
10. 9. Vale (VALE5) 10 /11(Dado Galdieri/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 3,1% Gastos com energia no Ebitda: 4,0% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -6,54%
11. Veja agora as empresas negociadas por menos que o valor patrimonial 11 /11(Rodrigo_Amorim/Creative Commons)