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Consumo de energia em março subiu 4,6%, afirma EPE

A alta foi registrada em todos os segmentos, com destaque para a indústria

Técnico de eletricidade: no consumo doméstico, a alta foi de 10% no trimestre, a maior já registrada no período desde o início da pesquisa, em 2004 (Alain Jocard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2014 às 13h03.

Rio - Em meio à preocupação com o nível dos reservatórios de água no Sudeste e a crise no setor energético, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira que o consumo de energia elétrica no País cresceu 4,6% em março, ante o mesmo período do último ano, superando a marca de 40.250 GWh.

A alta foi registrada em todos os segmentos, com destaque para a indústria, que começa a reverter os sinais de queda na produção, com alta no consumo de 1,3%. No acumulado do trimestre, o setor teve elevação de 0,7%.

O crescimento no consumo industrial, segundo a EPE, retomou o patamar de dois anos atrás, com alta acumulada de 1,3% em 12 meses.

"Já é possível observar que começam a cessar os efeitos estatísticos da redução das atividades da indústria eletrointensiva, notadamente a metalurgia do alumínio", diz a Resenha Mensal de consumo, publicada pela instituição.

No consumo doméstico, a alta foi de 10% no trimestre. A empresa destaca ainda que a elevação no consumo residencial é a maior já registrada no período desde o início da pesquisa, em 2004.

Na comparação mensal de março de 2014 com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 8,8%.

"Esse resultado reflete o expressivo aumento do consumo verificado nos meses de janeiro e fevereiro ocasionado pelo calor atípico nas regiões Sul e Sudeste", informa a EPE. O destaque ficou com a região sul, que teve alta de 17,5% no consumo do trimestre.

Já o Sudeste, que representa metade do consumo residencial do País, a alta foi de 7,8%. Segundo o estudo, a forte elevação também se deve a uma maior posse de aparelhos de ar condicionado pelas famílias.

No comércio, a expansão registrada no trimestre foi de 10,8%, também influenciada pelo forte calor durante o período.

Nas regiões Sul e Sudeste, a alta no trimestre foi superior a 12%. Em março, o consumo no setor cresceu 8,3%.

"O consumo de eletricidade apurado naquele mês foi influenciado por dois fatores conjunturais: ainda as temperaturas excepcionalmente elevadas do verão que se encerrou no mês e o calendário, com a incidência do Carnaval no início daquele mês", explica o documento.

São Paulo* – As condições climáticas levaram a consultoria PSR a elevar a probabilidade de ocorrência de um racionamento de energia no Brasil de 6,0% em janeiro para 17,5% em fevereiro, segundo relatório do Morgan Stanley Research. Os setores mais vulneráveis a aumentos de preços são os de aço (a eletricidade representou 31,3% do ebitda deles em 2013), industrial (11,9%) e bebidas e alimentos (8,8%). O banco afirma que, em um cenário de racionamento, a maior parte dos papéis de sua cobertura deve ser afetado negativamente. O Morgan Stanley indica quais seriam os papéis mais afetados.   *Matéria atualizada no dia 21 de fevereiro, às 14:04 horas, após contato de uma das empresas e envio do relatório corrigido pelo Morgan Stanley. A alteração retirou as ações de Hypermarcas e JBS da lista e acrescentou o papel da Vale.
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