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Consumo das famílias ajuda a manter PIB positivo

A despesa de consumo registrou aumento de 0,9% no terceiro trimestre de 2012 ajudando a manter o PIB em 0,6%

Notas de cinquenta reais: o PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os países do Brics (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 11h13.

Rio de Janeiro – A despesa de consumo das famílias registrou aumento de 0,9% no terceiro trimestre de 2012 na comparação com o segundo trimestre do ano e ajudou a manter o resultado positivo do Produto Interno Bruto (0,6%).

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o aumento do consumo das famílias foi 3,4%, o 36º crescimento consecutivo, segundo o resultado das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a continuidade do crescimento do emprego, da renda e dos incentivos do governo para consumo de bens duráveis foram os principais fatores que contribuíram para manter o aumento do item Consumo das Famílias.

Ainda segundo Rebeca, os investimentos foram as atividades que mais impactaram negativamente o PIB ao caírem 2% em relação ao segundo trimestre e 5,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

“Isso foi gerado pela continuidade da queda de produção interna de máquinas e equipamentos e também pela queda da importação de máquinas e equipamentos. Os investimentos são o componente mais volátil do PIB e muito afetados pela conjuntura nacional e internacional”, explicou Rebeca.

A despesa de consumo do governo não subiu em relação ao segundo trimestre e se manteve em 0,1%. Já a formação bruta de capital fixo teve a quinta queda consecutiva nesta base de comparação (- 0,2%).


O crescimento da indústria, de 1,1%, foi puxado pela indústria de transformação – que tem peso de 53% do total da indústria e cresceu 1,5%; e pela construção civil que aumentou 0,3%.

Entretanto, na comparação interanual a indústria continua em queda (-0,9%), principalmente devido ao baixo desempenho de produção de máquinas e equipamentos, material eletrônico e equipamentos de comunicação, artigos de vestuário e calçados e veículos automotores.

Ainda segundo o IBGE, a estagnação do setor de serviços no terceiro trimestre do ano, na comparação com o segundo, foi influenciada principalmente pela queda de 1,3% na atividade de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relativos.

Esta foi a primeira queda neste tipo de comparação desde o terceiro trimestre de 2004 (-0,7%) e, segundo Rebeca, foi influenciada pelo aumento da inadimplência.

Na comparação com igual período de 2011, a intermediação financeira caiu 1%. Essa atividade tem peso de 7,5% no PIB brasileiro e de 11% no setor de serviços e impactou negativamente o resultado do terceiro trimestre de 2012.

No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 2% e as importações caíram 6,5%. O PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os países do Brics, grupo das economias em desenvolvimento, na comparação interanual entre os terceiros trimestres. A China continua em primeiro lugar com PIB de 7,4%, seguido da Índia (5,3%), Rússia (2,9%) e África do Sul (2,3%).

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Rio de Janeiro – A despesa de consumo das famílias registrou aumento de 0,9% no terceiro trimestre de 2012 na comparação com o segundo trimestre do ano e ajudou a manter o resultado positivo do Produto Interno Bruto (0,6%).

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o aumento do consumo das famílias foi 3,4%, o 36º crescimento consecutivo, segundo o resultado das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a continuidade do crescimento do emprego, da renda e dos incentivos do governo para consumo de bens duráveis foram os principais fatores que contribuíram para manter o aumento do item Consumo das Famílias.

Ainda segundo Rebeca, os investimentos foram as atividades que mais impactaram negativamente o PIB ao caírem 2% em relação ao segundo trimestre e 5,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

“Isso foi gerado pela continuidade da queda de produção interna de máquinas e equipamentos e também pela queda da importação de máquinas e equipamentos. Os investimentos são o componente mais volátil do PIB e muito afetados pela conjuntura nacional e internacional”, explicou Rebeca.

A despesa de consumo do governo não subiu em relação ao segundo trimestre e se manteve em 0,1%. Já a formação bruta de capital fixo teve a quinta queda consecutiva nesta base de comparação (- 0,2%).


O crescimento da indústria, de 1,1%, foi puxado pela indústria de transformação – que tem peso de 53% do total da indústria e cresceu 1,5%; e pela construção civil que aumentou 0,3%.

Entretanto, na comparação interanual a indústria continua em queda (-0,9%), principalmente devido ao baixo desempenho de produção de máquinas e equipamentos, material eletrônico e equipamentos de comunicação, artigos de vestuário e calçados e veículos automotores.

Ainda segundo o IBGE, a estagnação do setor de serviços no terceiro trimestre do ano, na comparação com o segundo, foi influenciada principalmente pela queda de 1,3% na atividade de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relativos.

Esta foi a primeira queda neste tipo de comparação desde o terceiro trimestre de 2004 (-0,7%) e, segundo Rebeca, foi influenciada pelo aumento da inadimplência.

Na comparação com igual período de 2011, a intermediação financeira caiu 1%. Essa atividade tem peso de 7,5% no PIB brasileiro e de 11% no setor de serviços e impactou negativamente o resultado do terceiro trimestre de 2012.

No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 2% e as importações caíram 6,5%. O PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os países do Brics, grupo das economias em desenvolvimento, na comparação interanual entre os terceiros trimestres. A China continua em primeiro lugar com PIB de 7,4%, seguido da Índia (5,3%), Rússia (2,9%) e África do Sul (2,3%).

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