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Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2009 às 16h58.
Ao conferir o prêmio Nobel de Economia de 1999 a Robert Mundell, a Academia Real de Ciências da Suécia não lhe poupou elogios. Classificando sua contribuição científica como "original" e "inspiradora a gerações de pesquisadores", a instituição fez questão de destacar que "a pesquisa de Mundell teve enorme alcance e impacto duradouro porque combina análise formal, mas ainda acessível, com interpretação intuitiva e resultados com aplicações políticas imediatas". O trabalho é o reflexo de toda uma vida dedicada ao estudo e à prática econômica.
Em 1961, cinco anos após receber o título de Ph.D pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e concluir o pós-doutorado em Política Econômica pela Universidade de Chicago, Mundell se juntou à equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual foi membro por dois anos. Michael Mussa, um ex-aluno seu que se tornou conselheiro econômico do FMI, ressaltou em artigo publicado pela revista da instituição que sua grande contribuição para a economia mundial não se deve a uma ideia isolada, mas a uma abordagem que permitiu repensar toda a economia internacional.
Um dos estudos mais famosos de Mundell levanta a questão que, mais tarde, seria a inspiração para a criação do euro, a moeda única europeia: quando é mais vantajoso para um grupo de países abandonar a política monetária independente e dar origem a um único sistema monetário?
Aos 77 anos, Robert Mundell é professor na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e suas teorias constituem o núcleo do ensino de macroeconomia internacional.