Economia

Confiança do comércio recua 1,4% em dezembro ante novembro

O resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011


	Comércio: o resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011
 (Alexandre Battibugli/Exame)

Comércio: o resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011 (Alexandre Battibugli/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 11h03.

Rio - Os empresários varejistas voltaram a ficar mais pessimistas em dezembro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 79,9 pontos, uma queda de 1,4% em relação a novembro, informou nesta terça-feira, 29, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011. No período de um ano, a confiança do empresário do comércio despencou 26,5%.

Segundo a CNC, a deterioração no indicador reflete as piores condições do mercado de trabalho ao longo de 2015, além da retração da atividade econômica no país.

Na passagem de novembro para dezembro, o Icec foi influenciado por uma forte piora na avaliação das condições atuais, que recuou 12,2%, para 37,7 pontos. O subitem já está 50,8% abaixo do patamar registrado no mesmo período de 2014.

"Todo o cenário atual faz com que o empresário enxergue as condições correntes de forma tão ruim. E, provavelmente, isso vai continuar no primeiro semestre de 2016", alertou a economista Izis Janote Ferreira, da Divisão Econômica da CNC.

Os empresários ficaram mais pessimistas com a situação atual da empresa (-6,6% em relação a novembro) e do setor (-12,6%). Mas a retração maior foi na avaliação da economia, um recuo de 30% na passagem de novembro para dezembro.

Enquanto as avaliações negativas das condições correntes se aprofundaram, houve melhora nas expectativas, com alta de 1% em dezembro ante novembro, e nas intenções de investimentos, um crescimento de 0,7% no período.

"As expectativas melhoraram, mas ainda é preciso aguardar para ver se esse movimento vai continuar e se confirmar nos próximos meses", ponderou Izis.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCrise econômicaVarejo

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito