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Concentração bancária não afetou disputa no crédito, diz BC

Estudo avalia ainda que houve aumento da competição, principalmente entre 2004 e 2007. Nos anos seguintes a 2008, no entanto, ocorreu uma pequena retração

Banco Central: pesquisa lista ainda dez riscos vistos como ameaça à estabilidade financeira (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 17h44.

Brasília - O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 18, estudo de servidores da instituição sobre concentração bancária.

Os dados foram apresentados dentro do Relatório de Economia Bancária e Crédito do ano de 2013 e mostram que o mercado de crédito bancário brasileiro passou, nos últimos anos, por um moderado processo de concentração, exceto na modalidade de crédito de financiamento imobiliário.

A pesquisa avalia o período de 2000 a 2013.

Uma das conclusões da pesquisa é de que não há indícios de que as condições gerais de competição tenham sido prejudicadas, apesar do avanço da concentração registrado no período.

O estudo avalia ainda que houve aumento da competição, principalmente entre 2004 e 2007. Nos anos seguintes a 2008, no entanto, ocorreu uma pequena retração nesse movimento.

"Tal resultado sugere que bancos que operam com menores custos marginais e apresentam maior eficiência técnica ganharam participação de mercado", observou o estudo.

"Praticamente todas as especificações dos modelos estimados sugerem que os maiores bancos apresentam vantagens comparativas e têm crescido no mercado de crédito, o que pode estar associado à exploração de possíveis ganhos de escala", concluiu.

Riscos à estabilidade

A pesquisa lista ainda os dez riscos vistos como ameaça à estabilidade financeira.

Os dados foram coletados no último trimestre de 2013 e, de acordo com o estudo, risco de mercado é o fator mais frequentemente apontado, sendo que 57% dos consultados enquadram essa fonte como a mais difícil de gerenciar.

Em segundo lugar figura o cenário externo. Sobre esse tópico, os entrevistados mostravam preocupação com a recuperação do crescimento.

Eles também expressaram apreensão com possíveis efeitos adversos das políticas econômicas desses outros países sobre o volume de comércio e o fluxo de capitais envolvendo o Brasil.

A terceira, a quarta e a quinta ameaças eram inadimplência, inflação e recessão econômica, respectivamente.

A lista segue com risco de liquidez; crise de confiança causada pela falência de uma instituição financeira importante; aumento do nível da inflação; risco soberano; e mudanças regulatórias no Sistema Financeiro Nacional.

Confiança dos bancos

A pesquisa também mede o grau de confiança dos bancos na estabilidade do sistema financeiro.

A confiança no curto prazo (em até 12 meses) teve seu auge, no ano passado, no trimestre encerrado em junho, quando chegou a 53%. No último trimestre de 2013 a taxa estava em 49%.

No médio prazo (em até três anos), o pico também foi no terceiro trimestre, com 58%. No último trimestre apresentou ligeiro recuo, para 56%.

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Brasília - O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 18, estudo de servidores da instituição sobre concentração bancária.

Os dados foram apresentados dentro do Relatório de Economia Bancária e Crédito do ano de 2013 e mostram que o mercado de crédito bancário brasileiro passou, nos últimos anos, por um moderado processo de concentração, exceto na modalidade de crédito de financiamento imobiliário.

A pesquisa avalia o período de 2000 a 2013.

Uma das conclusões da pesquisa é de que não há indícios de que as condições gerais de competição tenham sido prejudicadas, apesar do avanço da concentração registrado no período.

O estudo avalia ainda que houve aumento da competição, principalmente entre 2004 e 2007. Nos anos seguintes a 2008, no entanto, ocorreu uma pequena retração nesse movimento.

"Tal resultado sugere que bancos que operam com menores custos marginais e apresentam maior eficiência técnica ganharam participação de mercado", observou o estudo.

"Praticamente todas as especificações dos modelos estimados sugerem que os maiores bancos apresentam vantagens comparativas e têm crescido no mercado de crédito, o que pode estar associado à exploração de possíveis ganhos de escala", concluiu.

Riscos à estabilidade

A pesquisa lista ainda os dez riscos vistos como ameaça à estabilidade financeira.

Os dados foram coletados no último trimestre de 2013 e, de acordo com o estudo, risco de mercado é o fator mais frequentemente apontado, sendo que 57% dos consultados enquadram essa fonte como a mais difícil de gerenciar.

Em segundo lugar figura o cenário externo. Sobre esse tópico, os entrevistados mostravam preocupação com a recuperação do crescimento.

Eles também expressaram apreensão com possíveis efeitos adversos das políticas econômicas desses outros países sobre o volume de comércio e o fluxo de capitais envolvendo o Brasil.

A terceira, a quarta e a quinta ameaças eram inadimplência, inflação e recessão econômica, respectivamente.

A lista segue com risco de liquidez; crise de confiança causada pela falência de uma instituição financeira importante; aumento do nível da inflação; risco soberano; e mudanças regulatórias no Sistema Financeiro Nacional.

Confiança dos bancos

A pesquisa também mede o grau de confiança dos bancos na estabilidade do sistema financeiro.

A confiança no curto prazo (em até 12 meses) teve seu auge, no ano passado, no trimestre encerrado em junho, quando chegou a 53%. No último trimestre de 2013 a taxa estava em 49%.

No médio prazo (em até três anos), o pico também foi no terceiro trimestre, com 58%. No último trimestre apresentou ligeiro recuo, para 56%.

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