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Comércio não espera aumento de vendas no Dia dos Namorados

A estagnação das vendas em shopping, registrada desde o primeiro trimestre deste ano e no último dia das Mães, também deve afetar o desempenho do Dia dos Namorados. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) - que fez um levantamento junto aos lojistas - a data não deve provocar aumento nas vendas em […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.

A estagnação das vendas em shopping, registrada desde o primeiro trimestre deste ano e no último dia das Mães, também deve afetar o desempenho do Dia dos Namorados. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) - que fez um levantamento junto aos lojistas - a data não deve provocar aumento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

Na avaliação da Alshop, a estagnação é reflexo do atual cenário econômico, com alta de juros, queda do poder aquisitivo e aumento do desemprego - fatores que prejudicam o consumo. "Embora os shoppings devam registrar aumento entre 5% e 8% de público neste período, principalmente na véspera do 12 de junho, este acréscimo não é proporcional às vendas", diz o comunicado da associação.

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Se for levado em consideração o aumento do número de lojas - de acordo com a Alshop, cerca de três mil novos estabelecimentos foram inaugurados em todo país desde junho do ano passado - a previsão é de crescimento entre 2% e 3% nas vendas.

Mais pessimista é a expectativa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), que espera queda de 5,28% na vendas, em relação a 2002. Apesar de negativa, a estimativa ainda é melhor do que a registrada no Dia das Mães, quando os empresários afirmaram esperar queda de 7,83%.

Segundo a Fecomercio, a sondagem foi feita nesta segunda-feira (9/6) na Grande São Paulo e tem como base o movimento nas lojas no último final de semana. Dos comerciantes entrevistados, 76,74% disseram que as vendas para esta data não estão correspondendo às expectativas. O setor de não-duráveis (que inclui alimentos, bebidas e produtos de higiene) é o que apresenta a maior queda na expectativa de vendas, de 9,46%. A sondagem mostrou que alguns setores podem ter desempenho melhor do a média: o de bens semi-duráveis (que inclui vestuário e calçados) e duráveis (de eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos) registraram estimativas mais otimistas do que às verificadas no Dia das Mães. Os comerciantes projetam quedas de 4,94% e 4,88% nas vendas, respectivamente. No Dia das Mães, a expectativa era de queda de 8,03% nos semi-duráveis e de 7,18% nos duráveis.

Na contramão das estimativas de estagnação, o Shopping D, de São Paulo, espera vender 10% mais do que vendeu no Dia dos Namorados do ano passado. A expectativa é que a maioria das vendas neste ano seja de artigos de pequeno valor, entre 20 e 80 reais.

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