Comércio exterior tem o melhor primeiro trimestre desde 1999

A meta para as exportações brasileiras voltou a subir. Para 2004, a intenção do governo, segundo o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, é vender 82 bilhões de dólares, contra os 80 bilhões previstos anteriormente. Se o objetivo for alcançado, o Brasil apresentará um crescimento nas exportações de 12% em relação ao ano passado - acima da média mundial, estimado em torno de 7% e 8%.

Se a balança comercial conseguir ao longo do ano um desempenho tão eficiente quanto o do primeiro trimestre, a missão pode ser considera cumprida. Neste período, o comércio exterior do país cresceu 24,5%, a maior taxa já registrada desde a mudança de sistema cambial, em 1999, segundo cálculos da consultoria Global Invest.

O resultado é ainda mais significativo, diz a consultoria, por ter sido obtido no período de menor atividade do ano para o comércio exterior. Ou seja, é possível esperar saldos comerciais ainda mais positivos nos próximos meses.

O bom desempenho das exportações se deve basicamente a três fatores, de acordo com os analistas da Global Invest: aumento do preço de alguns produtos no mercado internacional como, por exemplo, commodities agrícolas e metálicas; recuperação da economia Argentina, o que amplia a demanda de produtos manufaturados, como automóveis; maior presença dos produtos brasileiros no exterior, com destaque para a Ásia, onde se concentram os países que apresentaram as maiores taxas de crescimento econômico nos últimos anos; e o baixo nível de atividade doméstica, que acaba direcionando parte da produção ao mercado externo.