Economia

Começam as apostas pela queda nos juros; até EUA pedem

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, define a taxa básica de juros que vai vigorar durante até agosto. E como sempre, na semana que antecede a reunião, várias lideranças políticas e empresariais já começaram o discurso pelo corte na Selic. Até mesmo os Estados Unidos decidiram opinar sobre […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h15.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, define a taxa básica de juros que vai vigorar durante até agosto. E como sempre, na semana que antecede a reunião, várias lideranças políticas e empresariais já começaram o discurso pelo corte na Selic. Até mesmo os Estados Unidos decidiram opinar sobre os juros brasileiros.

"O progresso contínuo do governo em conter a inflação irá permitir mais reduções na taxa Selic, o que terá um impacto direto na redução dos custos dos empréstimos", afirmou Randal Quarles, secretário-assistente para assuntos internacionais, em nota preparada para Câmara Americana de Comércio no Brasil.

Ele afirmou ainda que o contínuo progresso em políticas fiscais pode permitir uma redução da dívida total do governo e aumentar a disponibilidade de crédito para o setor privado.

Uma pesquisa com cem empresas de consultoria, divulgada pelo Banco Central, aponta para a redução em um ponto percentual da taxa básica de juros. De acordo com a previsão, a taxa vai cair de 26% para 25% ao ano, na quarta-feira, 23 de julho, último dia da reunião mensal do comitê. Já em agosto, a Selic deverá cair para 24% ao ano, segundo o levantamento.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), a taxa básica de juros, a Selic (Sistema Especial de Liqüidação e Custódia), deverá oscilar em dezembro, entre 20% e 19%. Atualmente, a taxa Selic está em 26%.

A Fiespe espera que a Selic feche o ano abaixo de 20%. Se o pai da criança, Sérgio Werlang (ex-diretor do Banco Central e um dos responsáveis pela adoção do sistema de metas de inflação no Brasil) diz que haverá um corte de quatro pontos percentuais na Selic, o que eu posso dizer? , disse Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, nesta semana.

Até mesmo o vice-presidente, José Alencar (PL), quebrou o silêncio que vinha fazendo e voltou a pedir pela queda dos juros. Durante encontro com 27 prefeitos de Minas Gerais, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (16/7) ele defendeu a queda da Selic como a principal solução para os problemas brasileiros.

Segundo o prefeito de Itajubá, José Francisco Ribeiro, Alencar teria dito que a queda dos juros vai reaquecer a economia brasileira e, como conseqüência, solucionar questões como o desemprego e a arrecadação pública. "Eu tenho sido cobrado para falar e não tenho falado. Mas olha, a solução para os seus problemas é justamente o reaquecimento da economia. E para isso os juros têm que baixar", teria afirmado o vice-presidente aos representantes dos municípios mineiros.

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