Economia

China reduz para 7,7% crescimento anual de 2012

A economia chinesa cresceu 7,7% em 2012, e não 7,8% como tinha sido calculado até agora, segundo instituto chinês


	Notas de Iuane, moeda chinesa: PIB do país chegou aos 51,98 trilhões de iuanes (US$ 8,41 trilhões), 38 bilhões (US$ 6,2 bilhões) a menos do calculado em janeiro
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Notas de Iuane, moeda chinesa: PIB do país chegou aos 51,98 trilhões de iuanes (US$ 8,41 trilhões), 38 bilhões (US$ 6,2 bilhões) a menos do calculado em janeiro (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 11h53.

Pequim - A economia chinesa cresceu 7,7% em 2012, e não 7,8% como tinha sido calculado até agora, anunciou nesta segunda-feira o Escritório Nacional de Estatísticas chinês, após realizar uma revisão.

Segundo o organismo, o Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático chegou aos 51,98 trilhões de iuanes (US$ 8,41 trilhões), ou seja, 38 bilhões de iuanes (US$ 6,2 bilhões) a menos do calculado em janeiro.

O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, por sua sigla em inglês) calcula o PIB anual três vezes: uma estimativa preliminar inicial, uma verificação preliminar posterior (como a atual) e uma verificação final meses depois.

O cálculo preliminar estabeleceu o crescimento em 8%, sua menor expansão em uma década, embora acima do objetivo de 7,5% fixado pelo Governo chinês.

Esse número, mais alto do que o esperado, foi explicado graças ao bom comportamento no último trimestre de 2012, quando o PIB do país cresceu 7,9% com relação ao mesmo período do ano anterior, um dado que rompia a tendência de baixa dos setes primeiros meses.

A instituição assinalou então que o arrefecimento do crescimento aconteceu em um contexto de "medo no exterior e aflição doméstica", em referência à crise da dívida de seus parceiros comerciais europeus e americano e ao efeito deste no gigante asiático.


Em julho, foi anunciado que a economia chinesa cresceu 7,5% durante o segundo semestre de 2013, dois décimos a menos que nos três primeiros meses do ano.

Estes 7,5% coincidem com a meta de crescimento mínimo estabelecida pelas autoridades chinesas para 2013 - a mesma que para 2012 - e representa, após a recente revisão, dois décimos a menos do que o ano passado.

A China está experimentando um menor crescimento nos últimos trimestres devido ao reajuste de seu modelo econômico, muito dependente das exportações e da demanda externa, para orientar o país para onde o consumo interno seja o componente mais importante.

Apesar do arrefecimento da economia, os analistas não esperam que as autoridades chinesas realizem medidas de estímulo nos próximos meses, algo que seria interpretado como a vontade dos novos líderes de sacrificar décimos de PIB a curto prazo para assegurar um crescimento sustentado a longo prazo.

Espera-se que na próxima grande reunião do Partido, que acontecerá em novembro, sejam estudadas importantes reformas relativas ao modelo empresarial do país asiático, com o objetivo de permitir mais entrada de capital privado às anquilosadas empresas estatais.

Os atuais números de crescimento estão muito abaixo do crescimento de 9,3% que a segunda economia mundial registrou em 2011, e ainda mais longe dos 10,4% que alcançou em 2010.

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