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China pode ser em 5 anos o maior sócio da América Latina

O aumento das exportações de países como Colômbia e Argentina é apontado como o principal fator da expansão

O BID, Luis Alberto Moreno: "o maior sócio comercial do Brasil é a China, o maior sócio comercial do Chile é há tempos a China" (Pablo Porciuncula/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 10h46.

Paris - Em cinco anos, a China pode se converter no primeiro sócio comercial da América Latina graças ao aumento das exportações de países como Colômbia ou Argentina, assegurou nesta sexta-feira o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

"O maior sócio comercial do Brasil é a China, o maior sócio comercial do Chile é há tempos a China, e, no ritmo que o comércio da China com países como Colômbia ou Argentina caminha, em cinco anos pode chegar a ser o primeiro sócio comercial" da região, disse Moreno em um fórum de políticas econômicas realizado em Paris.

O presidente do BID, o organismo que financia projetos de desenvolvimento econômico e social na região, explicou o aumento das exportações em direção ao país asiático por sua necessidade de produtos básicos.

"A China é hoje uma economia que pesa muito, sobretudo na América do Sul, porque tem uma grande demanda de produtos básicos que a América do Sul possui de forma abundante", explicou Moreno, embora tenha descartado que isto signifique uma dependência para as economias da região.

"O interessante na América Latina hoje é que diversificou muito seus fluxos comerciais. Há dez anos os Estados Unidos representavam 60% do comércio com a região, hoje são 38%. A Europa deve estar em torno dos 12% ou 13%", lembrou.

Segundo Moreno, uma das prioridades da América Latina tem que ser a integração e o desenvolvimento do comércio dentro da região, que atualmente representa 18% e que pode chegar a dobrar seu tamanho, segundo suas previsões.

O presidente do BID também evocou a crise da dívida financeira na Europa e assegurou que a experiência da América Latina pode fornecer algumas chaves para a situação atual no velho continente.

"A América Latina tem um PHD (doutorado) em crises financeiras. Em um espaço de 25 anos, tivemos algo como 31 crises financeiras. E a maneira de crescer e sair da crise foi para muitos países o caminho da exportação", lembrou.

"No balanço, o que a América Latina fez, alguns países melhor do que outros, foram reformas estruturais que apontavam para o crescimento. Mas os ajustes tiveram uma quantidade de consequências, os déficits em infraestruturas que atualmente temos se devem aos ajustes que foram feitos então", assegurou.

Luis Alberto Moreno participava junto a representantes de vários países latino-americanos de um fórum co-organizado pelo BID e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual foram abordadas as estratégias regionais para enfrentar a crise dos países ricos.

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"O maior sócio comercial do Brasil é a China, o maior sócio comercial do Chile é há tempos a China, e, no ritmo que o comércio da China com países como Colômbia ou Argentina caminha, em cinco anos pode chegar a ser o primeiro sócio comercial" da região, disse Moreno em um fórum de políticas econômicas realizado em Paris.

O presidente do BID, o organismo que financia projetos de desenvolvimento econômico e social na região, explicou o aumento das exportações em direção ao país asiático por sua necessidade de produtos básicos.

"A China é hoje uma economia que pesa muito, sobretudo na América do Sul, porque tem uma grande demanda de produtos básicos que a América do Sul possui de forma abundante", explicou Moreno, embora tenha descartado que isto signifique uma dependência para as economias da região.

"O interessante na América Latina hoje é que diversificou muito seus fluxos comerciais. Há dez anos os Estados Unidos representavam 60% do comércio com a região, hoje são 38%. A Europa deve estar em torno dos 12% ou 13%", lembrou.

Segundo Moreno, uma das prioridades da América Latina tem que ser a integração e o desenvolvimento do comércio dentro da região, que atualmente representa 18% e que pode chegar a dobrar seu tamanho, segundo suas previsões.

O presidente do BID também evocou a crise da dívida financeira na Europa e assegurou que a experiência da América Latina pode fornecer algumas chaves para a situação atual no velho continente.

"A América Latina tem um PHD (doutorado) em crises financeiras. Em um espaço de 25 anos, tivemos algo como 31 crises financeiras. E a maneira de crescer e sair da crise foi para muitos países o caminho da exportação", lembrou.

"No balanço, o que a América Latina fez, alguns países melhor do que outros, foram reformas estruturais que apontavam para o crescimento. Mas os ajustes tiveram uma quantidade de consequências, os déficits em infraestruturas que atualmente temos se devem aos ajustes que foram feitos então", assegurou.

Luis Alberto Moreno participava junto a representantes de vários países latino-americanos de um fórum co-organizado pelo BID e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual foram abordadas as estratégias regionais para enfrentar a crise dos países ricos.

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