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China pode rever medidas de desaceleração da economia

Intenção é reduzir controle estatal sobre decisões de investimento, deixando mais espaço para a iniciativa privada

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

O governo chinês deu sinais de que poderá rever as medidas que adotou no início deste ano, visando à desaceleração da economia. A intenção é reduzir a intervenção estatal sobre decisões de investimento e financiamento de novos negócios. O recuo é resultado de pressões dos industriais, acadêmicos e de outros segmentos da sociedade, que entendem que as medidas foram exageradas.

Desde o começo do ano, a China tenta desacelerar seu crescimento, temendo que o processo desencadeie uma onda inflacionária. Entre as medidas tomadas, estão restrições para concessão de áreas para construção de unidades fabris, e a elevação do capital mínimo exigido para tais projetos.

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O resultado foi uma queda significativa no ritmo de expansão dos investimentos em ativos fixos. No primeiro semestre, a taxa de expansão foi de 28,7%, 14,4 pontos percentuais abaixo da registrada nos três primeiros meses do ano. Além disso, os financiamentos bancários diminuíram sensivelmente em junho, conforme o jornal britânico Financial Times.

Segundo o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, as autoridades deverão interferir menos nas decisões de investimento, deixando mais espaço para o mercado. As pressões também são sentidas dentro do próprio governo. "O que está acontecendo não é um pouso suave da economia", afirmou uma autoridade da área financeira.

No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 9,6%, em taxa anualizada. O desempenho ficou abaixo dos 9,8% do primeiro trimestre e dos 9,9% do último trimestre de 2003. O mais preocupante, segundo os economistas locais, é que junho apresentou uma queda bastante significativa do PIB.

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