Economia

China diz que não usará desvalorização cambial para sua vantagem

Declaração foi uma resposta a uma afirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o país é o "grande campeão" da manipulação cambial

Iuane: Trump tem frequentemente acusado a China de manter sua moeda artificialmente baixa contra o dólar para baratear exportações (Frederic J. Brown/AFP)

Iuane: Trump tem frequentemente acusado a China de manter sua moeda artificialmente baixa contra o dólar para baratear exportações (Frederic J. Brown/AFP)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 08h30.

Pequim - A China afirmou nesta sexta-feira que não tem a intenção de usar a desvalorização cambial para sua vantagem no comércio, respondendo a uma afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país é o "grande campeão" da manipulação cambial.

Trump afirmou em uma entrevista à Reuters na quinta-feira que não voltou atrás em sua avaliação de que a China manipula o iuane, horas depois de seu novo secretário do Tesouro ter prometido uma abordagem mais metódica ao analisar as práticas cambiais de Pequim.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse esperar que os EUA possam ver de "forma detalhada e correta" a questão do câmbio.

"A China não tem intenção de buscar vantagens comerciais através de uma desvalorização intencional do iuane. Não há base para a contínua desvalorização do iuane", disse ele em entrevista à imprensa.

"Se você coloca o rótulo de 'grande campeã' para a China, então acho que a China é uma grande campeã. Mas somos grandes campeões do desenvolvimento econômico", acrescentou.

O Ministério das Relações Exteriores não interfere na política cambial, mas é o único departamento do governo que realiza entrevista diária com repórteres estrangeiros.

O banco central da China não respondeu a um pedido para que comentasse o caso.

Trump tem frequentemente acusado a China de manter sua moeda artificialmente baixa contra o dólar para tornar as exportações chinesas mais baratas, "roubando" empregos da indústria norte-americana.

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