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China cresce 6,9% em 2015, o pior resultado em 25 anos

Mesmo em desaceleração, o país continua sendo o ator mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas

Banco Central da China: mesmo em desaceleração, o país continua sendo o ator mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas (.)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 05h28.

O crescimento econômico da China foi de 6,9% em 2015, o menor em 25 anos, anunciou o governo nesta terça-feira, confirmando a persistente tendência de queda na atividade no país.

O número publicado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (BNS), que corresponde à media das previsões dos analistas, ficou abaixo do crescimento de 7,3% registrado em 2014.

Em relação ao quarto trimestre de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 6,8% em ritmo anual na China, o que representa uma leve queda em relação ao trimestre precedente (+6,9%), como previam os analistas.

Os números da China são examinados com lupa: mesmo em desaceleração, o gigante asiático continua sendo um dos principais motores do crescimento do planeta, o ator mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas. Como prova da ansiedade, as Bolsas mundiais registraram queda no início de janeiro após os sobressaltos registrados nos mercados chineses.

Ao longo de 2015, os indicadores permaneceram no vermelho: contração da atividade manufatureira - agravando severas capacidades em excesso -, enfraquecimento do setor imobiliário, queda do comércio exterior, pilares tradicionais do crescimento chinês.

Os indicadores mensais revelados nesta terça-feira pelo BNS, decepcionantes em relação às expectativas, não melhoram muito o quadro.

A produção industrial chinesa avançou 5,9% em ritmo anual em dezembro, contra 6,2% em novembro, uma queda menor à esperada pelos analistas.

As vendas no varejo - termômetro crucial do consumo interno - perderam força no mês passado, mas avançaram 11,1% em um ano.

O BNS insistiu nesta terça-feira nas dolorosas "transformações estruturais" em marcha: "É um período crucial no qual deveremos superar os desafios e continuará sendo imperiosa a necessidade de aprofundar as reformas".

O crescimento do PIB ficou próximo da meta de 7% estabelecida pelo governo chinês, que para os próximos cinco anos tem como objetivo um crescimento mínimo anual de 6,5%.

A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) era de crescimento do PIB chinês de 6,8% no ano passado e de 6,3% este ano.

A desaceleração afeta a todos - e especialmente o Brasil - porque a China é um dos maiores importadores do planeta.

O setor de serviços foi responsável por 50,5% do PIB chinês no ano passado (48,1% em 2014), de acordo com o BNS, seguindo a tendência de crescimento registrada ao longo dos últimos 20 anos.

O resultado atende à proposta da China de depender menos das exportações e da indústria, e mais dos serviços e do consumo interno.

Pequim cita "a nova normalidade" de um crescimento menor, mas estável, fruto dos esforços para reequilibrar seu modelo econômico para o consumo interno, a inovação e os serviços, em detrimento das indústrias pesadas, dos investimentos estimulados pelo endividamento e as exportações.

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O crescimento econômico da China foi de 6,9% em 2015, o menor em 25 anos, anunciou o governo nesta terça-feira, confirmando a persistente tendência de queda na atividade no país.

O número publicado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (BNS), que corresponde à media das previsões dos analistas, ficou abaixo do crescimento de 7,3% registrado em 2014.

Em relação ao quarto trimestre de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 6,8% em ritmo anual na China, o que representa uma leve queda em relação ao trimestre precedente (+6,9%), como previam os analistas.

Os números da China são examinados com lupa: mesmo em desaceleração, o gigante asiático continua sendo um dos principais motores do crescimento do planeta, o ator mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas. Como prova da ansiedade, as Bolsas mundiais registraram queda no início de janeiro após os sobressaltos registrados nos mercados chineses.

Ao longo de 2015, os indicadores permaneceram no vermelho: contração da atividade manufatureira - agravando severas capacidades em excesso -, enfraquecimento do setor imobiliário, queda do comércio exterior, pilares tradicionais do crescimento chinês.

Os indicadores mensais revelados nesta terça-feira pelo BNS, decepcionantes em relação às expectativas, não melhoram muito o quadro.

A produção industrial chinesa avançou 5,9% em ritmo anual em dezembro, contra 6,2% em novembro, uma queda menor à esperada pelos analistas.

As vendas no varejo - termômetro crucial do consumo interno - perderam força no mês passado, mas avançaram 11,1% em um ano.

O BNS insistiu nesta terça-feira nas dolorosas "transformações estruturais" em marcha: "É um período crucial no qual deveremos superar os desafios e continuará sendo imperiosa a necessidade de aprofundar as reformas".

O crescimento do PIB ficou próximo da meta de 7% estabelecida pelo governo chinês, que para os próximos cinco anos tem como objetivo um crescimento mínimo anual de 6,5%.

A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) era de crescimento do PIB chinês de 6,8% no ano passado e de 6,3% este ano.

A desaceleração afeta a todos - e especialmente o Brasil - porque a China é um dos maiores importadores do planeta.

O setor de serviços foi responsável por 50,5% do PIB chinês no ano passado (48,1% em 2014), de acordo com o BNS, seguindo a tendência de crescimento registrada ao longo dos últimos 20 anos.

O resultado atende à proposta da China de depender menos das exportações e da indústria, e mais dos serviços e do consumo interno.

Pequim cita "a nova normalidade" de um crescimento menor, mas estável, fruto dos esforços para reequilibrar seu modelo econômico para o consumo interno, a inovação e os serviços, em detrimento das indústrias pesadas, dos investimentos estimulados pelo endividamento e as exportações.

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