Distrito de Pudong, em Xangai: nova zona de livre comércio fica localizada ao leste da cidade chinesa (Daniel Berehulak/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2013 às 11h34.
XANGAI - A China abriu em Xangai neste domingo uma nova zona de livre comércio, no que está sendo considerada a iniciativa reformista potencialmente mais ousada em décadas.
O país também deu detalhes sobre planos para liberalizar regulações sobre as finanças do governo, investimentos e comércio na nova área.
A zona de livre comércio, que cobre uma área de cerca de 29 quilômetros quadrados ao leste de Xangai, foi aprovada pelo Conselho de Estado da China em julho.
O ministro de Comércio, Gao Hucheng, disse, segundo a agência de notícias estatal Xinhua, que a criação da zona de livre comércio foi uma decisão crucial para a próxima onda de abertura e reforma da China.
"A decisão segue a tendência de desenvolvimentos econômicos globais e reflete uma estratégia mais ativa de abertura", afirmou Gao na cerimônia de lançamento.
Na sexta-feira, o Conselho de Estado havia dito que abriria o protegido setor de serviços à competição internacional na zona de livre comércio e usaria a iniciativa como teste para reformas financeiras mais arrojadas, inclusive sobre a conversão do iuane e sobre a liberalização das taxas juros.
Algumas empresas chinesas e estrangeiras já se movimentam para se instalar na área de livre comércio. Um total de 25 empresas de diversos setores já obtiveram autorizações para montar suas operações.
Elas têm a companhia de onze instituições financeiras, a maioria delas bancos domésticos, mas o grupo inclui subsidiárias do Citibank e do DBS.
Ralph Haupter, vice-presidente corporativo da Microsoft, presente na cerimônia de lançamento, disse que a sua empresa está animada com o potencial da área de comércio.
"Detalhes e tamanhos de negócios são difíceis de prever neste estágio. Mas os negócios continuam crescendo e o segmento de entretenimento é muito importante para nós da Microsoft", declarou.