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Centrais querem revogar alterações em direitos trabalhistas

A CUT e Força Sindical se reunião com ministros na esperança de revogar as mudanças nas regras do seguro-desemprego e de pensões por morte

Trabalhadores da Força Sindical e da CUT: João Carlos Gonçalves acha que o governo "pesou a mão" nas medida (Marcello Casal Jr./ABr)
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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 13h21.

São Paulo - As duas maiores centrais sindicais do País, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, vão à reunião com ministros na próxima segunda-feira, 19, na esperança de revogar as mudanças propostas pelo governo nas regras do seguro-desemprego e de pensões por morte.

Com as Medidas Provisórias já publicadas, as duas centrais aceitam "a retomada das negociações". O governo, por outro lado, fala em detalhar as mudanças aos sindicalistas.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, admite que fraudes nos benefícios precisam ser combatidas, mas acha que o governo "pesou a mão" nas medidas, consideradas por ele como "retirada de direitos".

Juruna acha que o governo foi mais duro do que o necessário apostando em uma negociação com sindicalistas para chegar a um consenso. "Sabemos que existe fraude, mas exigir da forma que o governo está existindo é retirar direitos ", diz Juruna.

As Medidas Provisórias com as mudanças nas regras foram publicadas no Diário Oficial em 30 de dezembro do ano passado. Agora, aguardam apreciação do Congresso Nacional, em recesso até o início de fevereiro.

A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, acredita que, caso haja vontade política, uma alteração no texto não seria um problema. "As medidas têm uma finalidade, que é ajustar os gastos do governo. Mas o aperto não pode começar pelos trabalhadores", reclama.

Na Força Sindical, ao contrário do presidente Miguel Torres, representante da entidade na reunião, e do deputado Paulo Pereira da Silva (SD), Juruna apoiou a campanha de Dilma Rousseff na última disputa eleitoral.

Questionado sobre uma mudança de discurso da Dilma candidata para a presidente, o sindicalista desconversou. "A eleição acabou, ela já tomou posse e está dirigindo. Nós estamos cobrando", disse.

A reunião entre o governo e os sindicalistas está marcada para a próxima segunda-feira no escritório da Presidência da República na Avenida Paulista, em São Paulo. Dilma escalou os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Nelson Barbosa (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência Social) para a negociação com os sindicalistas.

A presença deles foi confirmada ao Broadcast Político pela assessoria de imprensa de Rossetto.

Além da CUT e da Força Sindical, outras quatro centrais sindicais confirmaram presença na reunião: Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Cada entidade poderá levar até três representantes. (Colaborou Igor Gadelha)

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São Paulo - As duas maiores centrais sindicais do País, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, vão à reunião com ministros na próxima segunda-feira, 19, na esperança de revogar as mudanças propostas pelo governo nas regras do seguro-desemprego e de pensões por morte.

Com as Medidas Provisórias já publicadas, as duas centrais aceitam "a retomada das negociações". O governo, por outro lado, fala em detalhar as mudanças aos sindicalistas.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, admite que fraudes nos benefícios precisam ser combatidas, mas acha que o governo "pesou a mão" nas medidas, consideradas por ele como "retirada de direitos".

Juruna acha que o governo foi mais duro do que o necessário apostando em uma negociação com sindicalistas para chegar a um consenso. "Sabemos que existe fraude, mas exigir da forma que o governo está existindo é retirar direitos ", diz Juruna.

As Medidas Provisórias com as mudanças nas regras foram publicadas no Diário Oficial em 30 de dezembro do ano passado. Agora, aguardam apreciação do Congresso Nacional, em recesso até o início de fevereiro.

A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, acredita que, caso haja vontade política, uma alteração no texto não seria um problema. "As medidas têm uma finalidade, que é ajustar os gastos do governo. Mas o aperto não pode começar pelos trabalhadores", reclama.

Na Força Sindical, ao contrário do presidente Miguel Torres, representante da entidade na reunião, e do deputado Paulo Pereira da Silva (SD), Juruna apoiou a campanha de Dilma Rousseff na última disputa eleitoral.

Questionado sobre uma mudança de discurso da Dilma candidata para a presidente, o sindicalista desconversou. "A eleição acabou, ela já tomou posse e está dirigindo. Nós estamos cobrando", disse.

A reunião entre o governo e os sindicalistas está marcada para a próxima segunda-feira no escritório da Presidência da República na Avenida Paulista, em São Paulo. Dilma escalou os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Nelson Barbosa (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência Social) para a negociação com os sindicalistas.

A presença deles foi confirmada ao Broadcast Político pela assessoria de imprensa de Rossetto.

Além da CUT e da Força Sindical, outras quatro centrais sindicais confirmaram presença na reunião: Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Cada entidade poderá levar até três representantes. (Colaborou Igor Gadelha)

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