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Caso Waldomiro Diniz é notícia no exterior

O caso Waldomiro Diniz ganhou as páginas de The Wall Street Journal, mostrando as revelações feitas em depoimentos à polícia por dois executivos da GTech Holding Corp., maior empresa de sistemas eletrônicos para jogos e para loterias. Segundo noticia o jornal, o ex-presidente da Gtech no Brasil, Antonio Carlos Rocha, e o diretor de marketing […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.

O caso Waldomiro Diniz ganhou as páginas de The Wall Street Journal, mostrando as revelações feitas em depoimentos à polícia por dois executivos da GTech Holding Corp., maior empresa de sistemas eletrônicos para jogos e para loterias. Segundo noticia o jornal, o ex-presidente da Gtech no Brasil, Antonio Carlos Rocha, e o diretor de marketing brasileiro, Marcelo Rovai, afirmaram à polícia que foram orientados a contratar um consultor a fim de vencer um contrato público com a Caixa Econômica Federal (CEF).

Em março do ano passado, o ex-assessor do governo Lula, Waldomiro Diniz, teria chamado a Gtech para sugerir que contratasse um consultor, segundo o depoimento dos executivos. A sugestão era chamar Rogerio Buratti, um ativista do PT, partido do presidente Lula.

De acordo com o depoimento, Buratti teria cobrado entre 15 milhões e 20 milhões de reais pelos seus serviços. Em seguida, teria baixado o preço por seus serviços para seis milhões. Rocha e Rovai teriam dito a Buratti que não pagariam nada e que não participariam da negociação do contrato.

Os executivos afirmaram à polícia que se negaram a contratá-lo e que não usaram nenhum intermediário para negociar a renovação do contrato da Gtech para as loterias no país, o maior mercado externo para a empresa americana. No Brasil, a Gtech presta serviços para a Caixa Econômica Federal, para a Loteria do Estado do Paraná, para a Loteria do Estado de Minas Gerais e para a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc).

O depoimento de Rocha e de Rovai oferece uma detalhada explicação da Gtech, a maior fornecedora do mundo de sistemas eletrônicos de loterias, para a confusão que a colocou no centro do escândalo político que atordoou o governo Lula.

Em entrevista ao jornal O Globo, Burati afirmou que foi procurado pelos executivos da Gtech mas que não demonstrou interesse algum de trabalhar para a empresa. Um dos motivos é que faria tempo que ele não trabalhava como consultor.

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