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Cartões ampliam espaço em vendas online

O cartão de crédito ganhou espaço como forma de pagamento das transações online no ano passado, em detrimento de boletos e cartões de débito. Apesar disso, a participação das compras pela internet sobre o faturamento total do mercado de cartões ainda é pequena. É o que mostra pesquisa divulgada pela Credicard sobre o mercado brasileiro […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.

O cartão de crédito ganhou espaço como forma de pagamento das transações online no ano passado, em detrimento de boletos e cartões de débito. Apesar disso, a participação das compras pela internet sobre o faturamento total do mercado de cartões ainda é pequena. É o que mostra pesquisa divulgada pela Credicard sobre o mercado brasileiro de comércio eletrônico.

Em 2003, as vendas online somaram 1,18 bilhão de reais, sendo que os cartões de crédito responderam por 86% desse total: 1,015 bilhão de reais. No ano retrasado, as vendas online fecharam em 900 milhões, e os cartões responderam por 745 milhões (equivalente a 83% do total). O crescimento de 36% do volume movimentado pelos cartões na internet, no ano passado, superou os 19,4% que o mercado projetava.

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A fatia das transações online sobre o total faturado pelos cartões ainda é pequena. No ano passado, segundo a pesquisa, o mercado brasileiro de cartões de crédito faturou 82,7 bilhões de reais. Isso significa que as vendas online responderam por apenas 1,23% desse volume. A porcentagem é menor, inclusive, que a do número de internautas brasileiros. Conforme o instituto de pesquisas e-Bit, parceiro da Credicard no estudo, no ano passado, 8% da população tinha acesso à rede.

Perfil

Quem paga suas compras online com cartão de crédito é majoritariament o homem (70% do total dos compradores), tem idade entre 30 e 49 anos (69%), habita a região Sudeste (70%) e possui renda superior a 1.500 reais (55%). Para se ter uma idéia, a População Economicamente Ativa (pessoas que trabalham ou que procuram emprego) do Brasil, em 2002, era composta por 58% de homens, tinha entre 25 e 59 anos (56%), morava no Sudeste (43%) e tinha renda até 600 reais (54%).

"A maior parte dos usuários de internet, no Brasil, ainda possui renda elevada", diz o vice-presidente de Marketing da Credicard, Fernando Chacon. Ele também chamou a atenção para a grande porcentagem de homens que negociam via internet. "Pode ser que, devido aos cartões adicionais, mulheres façam suas compras online e paguem com cartões cujos titulares sejam homens", afirma.

O maior poder aquisitivo desses clientes também eleva o tíquete médio das vendas. No ano passado, o valor médio das transações online, pagas com cartões, foi de 265 reais, contra 76 reais do valor médio das transações em geral com cartões. Os compradores online também parcelam mais suas encomendas. "O parcelamento do lojista responde por 40% das transações gerais, mas na internet esse número é maior", diz Chacon. O executivo, contudo, não forneceu dados para comparação.

Expectativas

Em 2004, o crescimento das vendas online deve bater 36% e somar 1,6 bilhão de reais. Do total, 1,408 bilhão devem ser gerados por cartões de crédito, um acréscimo de 39% sobre 2003. Com isso, a participação das transações com cartões sobre o total de vendas online pode subir dois pontos percentuais, para 88%.

Conforme Chacon, o que sustentará essa expansão é, em primeiro lugar, o aumento do número de internautas brasileiros. A e-Bit aponta que, até dezembro, 12% da população deve estar conectada à internet. "Temos informações de que, no final do primeiro trimestre, já havia 20 milhões de internautas no país", diz Chacon. O desafio, reconhece, é transformá-los em compradores online. "Muitos acessam a rede na escola ou no trabalho", afirma.

Se depender do primeiro trimestre, os resultados podem superar as expectativas. O faturamento total com vendas online (incluindo outras formas de pagamento e descontando-se venda de automóveis, passagens aéreas e leilões) foi de 350 milhões de reais, 45,8% superior ao de igual período de 2003. O valor médio das compras também subiu 13,5%, para 294 reais. " É um crescimento muito forte, mas preferimos aguardar mais um trimestre para avaliar as projeções", diz Chacon.

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