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Captações dos governos latino-americanos crescerão 33% em 2005

Segundo a agência internacional de classificação de risco Standard ; Poor s, volume de empréstimos para os países da região irá crescer especialmente com as operações do Brasil

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.

O aumento das emissões do Brasil será o principal estímulo para que o volume bruto de empréstimos captados pelos governos da América Latina e Caribe cresça, pelo menos, 33% neste ano. Segundo estimativas da agência internacional de classificação de risco Standard & Poor s (S&P), a região pode obter 167 bilhões de dólares. Em 2004, foram captados 124 bilhões. Se a Argentina for bem-sucedida na renegociação de sua dívida junto aos credores, as emissões latino-americanas podem ultrapassar os 200 bilhões neste ano.

Para a S&P, o Brasil será o maior emissor de títulos de longo prazo da dívida soberana na região, neste ano. A agência avalia que o país possa captar mais de 107 bilhões de dólares. Se a previsão se cumprir, o governo brasileiro encerrará o ano respondendo por 49% do estoque de dívidas soberanas da América Latina e Caribe.

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Apesar do volume a ser emitido neste ano, a região é considerada um mercado de dívidas soberanas bastante modesto, quando comparada com países desenvolvidos. De acordo com a S&P, as captações de longo prazo projetadas para a América Latina equivalem a 25% do que os Estados Unidos devem obter neste ano. A cifra também representa apenas 5% do total de emissões soberanas aguardadas para este ano no mundo.

Nova captação

Confirmando as expectativas da S&P, o Tesouro Nacional mostrou, nesta segunda-feira (28/2), o interesse pelo crédito externo e realizou a terceira emissão soberana do ano. Dessa vez, os títulos públicos foram emitidos em dólar com vencimento em 2015 (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre o perfil da dívida pública do país). A operação foi comandada pelos bancos Citigroup e JP Morgan e deve ter atingido, segundo analistas de mercado, 1 bilhão de dólares, com remuneração de 7,9% ao ano. Naprimeira operaçãodo ano, em 20 de janeiro, o Tesouro Nacional obteve 500 milhões de euros. Na segunda, em 31 de janeiro, captou 1,25 bilhão de dólares.

"As condições da operação são excelentes", afirma Sandra Utsumi, economista-chefe do Banco Espírito Santo Reseach. Segundo Sandra, o governo agiu corretamente ao aproveitar as condições favoráveis do mercado, como o apetite dos investidores e o risco-país em baixa, para lançar os papéis. "É um bom momento para formar um colchão de reservas. Isso abre caminho para amortizar parte dos C-Bonds que vencerão em abril", diz.

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