Economia

Cai a confiança do consumidor paulista

O consumidor da região metropolitana de São Paulo está menos confiante e com menos intenção de comprar. Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostra que o Índice de Intenções do Consumidor (IIC) caiu 2,15% em setembro, registrando 102,21 contra 104,46 pontos de agosto. Numa escala que vai de 0 a 200, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

O consumidor da região metropolitana de São Paulo está menos confiante e com menos intenção de comprar. Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostra que o Índice de Intenções do Consumidor (IIC) caiu 2,15% em setembro, registrando 102,21 contra 104,46 pontos de agosto.

Numa escala que vai de 0 a 200, essa amostragem demonstra que o universo pesquisado (900 consumidores) ainda não atingiu a marca do pessimismo que estaria sinalizado sempre que o IIC ficar abaixo dos cem pontos. O comportamento de desânimo, no entanto, foi detectado entre os consumidores com ganhos até cinco salários mínimos. Nessa faixa de renda, a intenção caiu para 79,21 pontos, com variação negativa de 2,06%.

De acordo com o economista da Fecomércio, Oiram Corrêa, a preocupação com a falta de emprego foi o principal fator que levou à queda no Índice de Intenções do consumidor. Ele observa, porém, que, apesar desse recuo, começa a ser detectada a possibilidade de uma volta às compras motivada pela redução que vem ocorrendo na Taxa Básica de Juros, a Selic, hoje em 22% ao ano.

A pesquisa apontou, ainda, que os consumidores pretendem adquirir bens duráveis nos próximos 60 dias. Isso evidencia apenas a parcela da população capaz de quitar esses produtos no curto prazo, observa Oiram, lembrando que a maioria ainda está muito cautelosa, não arriscando se envolver em financiamentos de longo prazo sem saber ao certo como vão ficar as taxas futuras.

Como o declínio gradual da Selic demora a surtir efeito sobre os juros praticados no mercado varejista, a expectativa é de que a retomada nesse segmento seja ainda retardada ou, no máximo, se equipare ao desempenho de 2002. O economista citou, a propósito, que, em julho último, a taxa média cobrada nos cartões de crédito oscilou em torno de 10,65% e de 10,52%, em agosto, atingindo no acumulado de doze meses 232%.

Além da necessidade de uma recomposição de renda, o consumidor precisa estar seguro para assumir compromissos de compras a crédito, afirma Oiram. Ele não acredita que uma nova redução da taxa, nessa reunião que se inicia hoje no Comitê de Política Monetária- Copom- possa de fato trazer um forte incremento imediato ao comércio varejista . Mas admite que haverá um reflexo positivo.

Na opinião dele, a queda gradual dos juros sinaliza uma mudança de comportamento no consumidor. Conforme e pesquisa, em agosto, 52,22%% dos entrevistados responderam

que não queriam comprar nada. Já em setembro esta variação caiu para 48,89%.

Defendendo uma queda mais acentuada da Selic, o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, afirma: para o comércio é fundamental que os juros caiam a patamares mais baixos até o fim do ano, estimulando assim o consumo durante o Natal, principal data para o comércio". As informações são da Agência Brasil.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada