Economia

Brasil se recuperou da crise mais rápido que o esperado

Rio de Janeiro - A recuperação da economia brasileira diante da crise financeira internacional tem sido mais rápida do que se esperava. O consumo das famílias, a ampliação da oferta de crédito e do investimento público explicam o bom desempenho do Brasil. A avaliação é do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A recuperação da economia brasileira diante da crise financeira internacional tem sido mais rápida do que se esperava. O consumo das famílias, a ampliação da oferta de crédito e do investimento público explicam o bom desempenho do Brasil.

A avaliação é do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), Ricardo Ismael, que comentou a estimativa de crescimento de 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada hoje (21), pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A taxa calculada para o Brasil é a maior do bloco. A Cepal prevê para a região um crescimento médio de 5,2% neste ano. Mas ao lado do Brasil, também se destacam as projeções de avanço do PIB no Uruguai (7%), Paraguai (7%), na Argentina (6,8%) e no Peru (6,7%).

"Se no ano passado tivemos um arrefecimento das exportações em função da crise que atingiu duramente os Estados Unidos, a Europa e o Japão, o consumo das famílias continuou significativo no Brasil", afirmou Ricardo Ismael.

"Há de fato na América do Sul e, particularmente no Brasil, um componente do governo, que de um lado, amplia o crédito para empresas e para as famílias por meio dos bancos públicos e, por outro lado, um esforço com ampliação dos gastos públicos".

Mesmo assim, o economista da PUC chama atenção para o fato de a taxa de crescimento do Brasil ter sido calculada em comparação com um ano de baixo crescimento econômico, retraído pela crise. Para 2011, destaca que a previsão da Cepal é de um crescimento menor, de 4,5%.

"O ano que vem não teremos uma referência tão baixa e teremos que ter algum tipo de ação que combine a retomada dos mercados externos com o mercado interno. Mas o crescimento de 4,5% ainda é expressivo diante ao cenário de incertezas da Europa".

Em relação ao aumento da taxa básica de juro, que encarece o crédito, o professor da PUC disse que os efeitos só devem se refletir no próximo ano.

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