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Brasil está caro, avalia presidente da AEB

Segundo associação, mais de metade das exportações brasileiras pe de commodities, segmento que mais sofre com gargalos de infraestrutura e da tributação

Presidente da AEB: exportação de manufaturados é uma preocupação (Fabian Bimmer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 14h43.

Rio - O cenário para a exportação no Brasil, hoje, é de altos custos, pouca competitividade e muita burocracia. A avaliação é do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, que abriu nesta quinta-feira, 07, o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio. "O Brasil não é um país caro, ele está caro", disse.

Para Castro, o índice de exportação de manufaturados hoje é menor do que o registrado em 1978, quando a fatia de produtos industrializados na balança comercial chegava a 40,2%. Hoje, mais da metade das exportações brasileiras é de commodities .

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"Felizmente, o mundo está crescendo e gerando a importação de commodities que, por enquanto, ainda está com cotação alta", afirmou.

Segundo Castro, a exportação de manufaturados é uma preocupação, pois é o segmento que mais sofre com os gargalos de infraestrutura e uma estrutura de tributação descrita como "obsoleta, complexa e anti-industrialização", além de dificuldades de logística e de custo financeiro.

Ele também criticou o uso da taxa de câmbio para controlar inflação , dificultando a atuação das empresas exportadoras. "Câmbio usado como fator de competitividade é sinal de que algo está errado", avaliou.

"Desde 2008, tivemos uma queda de 10% na exportação de manufaturados. Numero de empresas importadoras subiu 50% e, hoje, são mais que o dobro das exportadoras. O Brasil virou o paraíso das importadoras", criticou Castro. "Temos de reduzir os nossos custos para manter nossa competitividade internacional", completou.

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