Economia

Brasil deve ter crescimento máximo de 2% do PIB, afirma Fazenda

O Brasil deve ter um crescimento máximo de 2% no Produto Interno Bruto neste ano. Essa é a previsão do Ministério da Fazenda, em estudo divulgado nesta quarta-feira (21/5), após o Banco Central ter mantido a taxa de juros por mais um mês em 26,5%. Anteriormente, o governo estimava que o PIB cresceria 2,2% em […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

O Brasil deve ter um crescimento máximo de 2% no Produto Interno Bruto neste ano. Essa é a previsão do Ministério da Fazenda, em estudo divulgado nesta quarta-feira (21/5), após o Banco Central ter mantido a taxa de juros por mais um mês em 26,5%. Anteriormente, o governo estimava que o PIB cresceria 2,2% em 2003.

No estudo, assinado pelo secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, o setor agrícola será o grande responsável pelo resultado, que poderia ser pior caso o agrobusiness não registrasse recordes neste ano. "O nível de atividade ao longo do ano será influenciado por um ritmo menos acentuado das exportações, pela intensidade das restrições ao crédito, pela evolução, ainda negativa, do salário real, e pelo bom desempenho do setor agrícola", afirma o estudo. O Boletim de Conjuntura Econômica da Fazenda afirma que a safra brasileira de grãos deve crescer 14,2%, "com fortes indicações de que a renda agrícola será recorde".

Mas ainda há condicionais: "Uma projeção de crescimento em torno de 2% este ano, está condicionada a um desempenho mais favorável do setor de serviços nesse início de ano, a exemplo do ocorrido no primeiro trimestre de 2001".

O texto, feito com a colaboração dos secretários-adjuntos da Fazenda Roberto Pires Messenberg e Wagner Thomaz de A. Guerra, salienta que a renda real (sem a inflação) do trabalhador no primeiro bimestre de 2003 caiu 5,7%. No entanto, a massa salarial (soma total de salários) subiu 0,8%, o que explicaria, em parte, a maior resistência para a queda dos preços.

Sobre o nível de atividade, a Fazenda acredita que o crescimento em 2003 será caracterizado pelo ajustamento da economia frente aos efeitos da crise de confiança e do baixo dinamismo do ano anterior. "Do lado externo deverá continuar, embora com menor intensidade, a contribuição positiva das exportações. Do lado doméstico os efeitos positivos virão do acentuado crescimento da produção agrícola, da recomposição de estoques e dos investimentos gerados por políticas públicas. Esses fatores, no entanto, podem não ser suficientes para propiciar, ainda em 2003, um crescimento mais robusto da atividade econômica, dadas as restrições para a expansão do crédito e da renda real", afirma o relatório.

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