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Bolívia quer intensificar relações no setor energético com Brasil

Rio de Janeiro - A Bolívia está interessada em intensificar relações no setor de energia elétrica com o Brasil. Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, um tratado sobre o tema, assinado recentemente entre o Brasil e o Peru, servirá de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A Bolívia está interessada em intensificar relações no setor de energia elétrica com o Brasil. Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, um tratado sobre o tema, assinado recentemente entre o Brasil e o Peru, servirá de parâmetro para uma discussão com o país boliviano.

A integração bilateral será tema de um seminário que o Gesel promove no Rio, na segunda-feira (26) e na terça-feira (27), reunindo autoridades do setor elétrico dos dois países.

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"Para a Bolívia ter acesso ao nosso conhecimento, à experiência, a financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que empresas venham a atuar lado a lado, principalmente a Eletrobras, essa questão do tratado vai ser discutida", analisou Castro, em entrevista à Agência Brasil.

O Brasil já assinou com a Bolívia um tratado que permite a importação diária de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural. Castro ressaltou que para o Brasil é importante que os vizinhos tenham economias estabilizadas. "Um dos fatores para você ter uma economia estabilizada, em desenvolvimento, é ter energia elétrica boa e barata. E, hoje, a quase totalidade da América Latina não tem energia boa e barata".

Por isso, ele aposta na integração energética feita por meio da troca de experiências e da possibilidade de investimento de um país no outro. "Nós acabamos dando condições para que esses países alterem as suas matrizes que hoje são nitidamente em cima de gás e petróleo, o que é caro e poluidor, e caminhem na direção de uma matriz hidrelétrica, em que a energia é renovável, limpa e barata. E o Brasil tem condições de apoiar isso".

O modelo brasileiro despertou o interesse de autoridades bolivianas, que participaram, no mês passado, de curso ministrado por professores do Gesel naquele país.

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