Downgrade do Brasil pode ser "boa má" notícia, diz banco
Na avaliação do BNP Paribas, é possível que a Moody's e a Fitch rebaixem em um degrau a nota brasileira ainda este ano
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 14h38.
São Paulo - Um eventual rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco poderá ser uma "boa má" notícia, avaliou nesta sexta-feira, 26, o economista para América Latina do BNP Paribas , Marcelo Carvalho.
Durante teleconferência com a imprensa, ele destacou que o lado positivo de um possível downgrade seria fazer com o Congresso Nacional se mova em um ritmo mais intenso em prol dos ajustes necessários para recuperação da economia brasileira.
"Perder o grau de investimento seria um problema sério e atrapalharia, por exemplo, a captação de empresas lá fora. Daí o esforço do governo em colocar as contas públicas em ordem. Mas, se isso fizer o Congresso se mover em um ritmo mais intenso em prol do ajuste, poderá ser até uma boa má notícia", afirmou. Na avaliação do economista, é possível que a Moody's e a Fitch rebaixem em um degrau a nota brasileira ainda este ano, igualando-se à nota da S&P, ainda considerada grau de investimento.
Na coletiva, o economista avaliou ainda que essas agências de classificação de risco "entenderiam" uma eventual mudança da meta fiscal do governo para este ano, desde que haja indicações de melhoras futuras. "Se um dia mudar a meta, também não será um absurdo para os mercados, mas acho que vai haver alguma resistência do governo em mudar", acrescentou.
Conforme revelou o Broadcast nesta semana, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria cogitando reduzir a meta fiscal de 1,1% do PIB prometida para 2015.
PIB
Todo esse cenário deve levar a uma retração de 2% do PIB brasileiro neste ano, de acordo com projeção do BNP Paribas. Carvalho ressaltou que, após um primeiro e segundo trimestres ruins, o terceiro trimestre será de "grandes incertezas". "Se tudo der certo, lá para o fim do ano poderemos ver algum sinal incipiente de recuperação", afirmou.
Segundo ele, em 2016, a economia brasileira deverá apresentar uma recuperação modesta, fazendo com que o PIB encerre o ano com alta de 0,5%.
São Paulo - Um eventual rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco poderá ser uma "boa má" notícia, avaliou nesta sexta-feira, 26, o economista para América Latina do BNP Paribas , Marcelo Carvalho.
Durante teleconferência com a imprensa, ele destacou que o lado positivo de um possível downgrade seria fazer com o Congresso Nacional se mova em um ritmo mais intenso em prol dos ajustes necessários para recuperação da economia brasileira.
"Perder o grau de investimento seria um problema sério e atrapalharia, por exemplo, a captação de empresas lá fora. Daí o esforço do governo em colocar as contas públicas em ordem. Mas, se isso fizer o Congresso se mover em um ritmo mais intenso em prol do ajuste, poderá ser até uma boa má notícia", afirmou. Na avaliação do economista, é possível que a Moody's e a Fitch rebaixem em um degrau a nota brasileira ainda este ano, igualando-se à nota da S&P, ainda considerada grau de investimento.
Na coletiva, o economista avaliou ainda que essas agências de classificação de risco "entenderiam" uma eventual mudança da meta fiscal do governo para este ano, desde que haja indicações de melhoras futuras. "Se um dia mudar a meta, também não será um absurdo para os mercados, mas acho que vai haver alguma resistência do governo em mudar", acrescentou.
Conforme revelou o Broadcast nesta semana, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria cogitando reduzir a meta fiscal de 1,1% do PIB prometida para 2015.
PIB
Todo esse cenário deve levar a uma retração de 2% do PIB brasileiro neste ano, de acordo com projeção do BNP Paribas. Carvalho ressaltou que, após um primeiro e segundo trimestres ruins, o terceiro trimestre será de "grandes incertezas". "Se tudo der certo, lá para o fim do ano poderemos ver algum sinal incipiente de recuperação", afirmou.
Segundo ele, em 2016, a economia brasileira deverá apresentar uma recuperação modesta, fazendo com que o PIB encerre o ano com alta de 0,5%.