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Berlusconi propõe grande plano de privatizações para Itália

Plano conseguiria reduzir em até 100% a percentagem da dívida pública em relação com o PIB do país, segundo defendeu o empresário.

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Ex-premiê Silvio Berlusconi: "A experiência mostra que a dívida pública e a pressão fiscal crescem juntas" (Vincenzo Pinto/AFP)

Ex-premiê Silvio Berlusconi: "A experiência mostra que a dívida pública e a pressão fiscal crescem juntas" (Vincenzo Pinto/AFP)

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EFE

Publicado em 21 de janeiro de 2018, 09h36.

Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, líder da conservadora Forza Itália (FI), afirmou neste domingo que se o seu partido chegar ao Governo, impulsionará um "grande plano de privatizações" para reduzir a dívida pública do país.

Esse plano conseguiria reduzir em até 100% a percentagem da dívida pública em relação com o Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo defendeu o empresário em uma entrevista publicada pelo jornal "Corriere della Sera".

"A experiência mostra que a dívida pública e a pressão fiscal crescem juntas, como demonstraram os governos de esquerda nos últimos anos", acrescentou.

"O único modo de reduzir é um grande plano de privatizações, de cerca de 5 pontos percentuais, que junto com a recuperação do crescimento (...) levaria a uma relação dívida/PIB próxima a 100% em cinco anos, com uma redução relativa da despesa em juros", acrescentou Berlusconi.

Segundo os dados mais recentes, correspondentes ao nível registrado em 2016, a relação entre a dívida pública e o PIB alcançou neste ano 132%.

Na entrevista ao jornal, o que foi quatro vezes chefe do Governo entre 1994 e 2011 indicou que seu partido defende um rebaixamento de impostos e que esta medida "não é um custo, senão uma maneira de aumentar os investimentos do Estado".

"A história dos países que aplicaram fortes reduções das taxas impositivas demonstra exatamente isto. Isso foi feito por Kennedy e seu sucessor Johnson nos anos 60 e Reagan nos anos 80 e nos dois casos o fisco americano aumentou seus investimentos em 30%" defendeu Berlusconi.

O ex-primeiro-ministro, condenado por fraude fiscal e que não pode ser candidato nas eleições legislativas de 4 de março, não revela quem seria o candidato do FI ao cargo de premiê, mas assegura que "o fiador do programa e dos compromissos adquiridos sou e serei eu".

Segundo as últimas pesquisas publicadas neste fim-de-semana sobre a intenção de voto nas eleições à Câmara de Deputados e ao Senado, a união entre a conservadora FI, a xenófoba LN de Matteo Salvini e a ultraconservadora FdI de Giorgia Meloni reúne entre 35,9% e 37,2% dos votos.

Como partido mais votado, no entanto, o Movimento 5 Estrelas (M5S) se situa em primeira posição, solitário e sem fazer parte de coalizões, com entre 27,3% e 28,7%; o governante Partido Democrata (PD) obteria em uma coalizão de centro-esquerda entre 23% e 27%.

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