Economia

BCE mantém empréstimos emergenciais à Grécia, mas limitados

O Banco Central Europeu manteve a liquidez de emergência máxima que os bancos gregos podem pedir através do Banco da Grécia em € 89 bilhões


	Sede do BCE: conselho do BCE se reuniu hoje para discutir a assistência financeira à Grécia antes do referendo do próximo domingo
 (Daniel Roland/AFP)

Sede do BCE: conselho do BCE se reuniu hoje para discutir a assistência financeira à Grécia antes do referendo do próximo domingo (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 20h45.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quarta-feira a liquidez de emergência máxima que os bancos gregos podem pedir através do Banco da Grécia em 89 bilhões de euros, informou um porta-voz da entidade monetária.

O Conselho do BCE, formado pelos governadores dos bancos centrais dos 19 países da zona do euro e é seu principal órgão executivo, se reuniu hoje para discutir a assistência financeira à Grécia antes do referendo do próximo domingo.

O BCE voltará a discutir na segunda-feira o fornecimento urgente de liquidez para os bancos gregos.

As entidades gregas podem se refinanciar com o programa de fornecimento urgente de liquidez (ELA) através do Banco da Grécia, mas em troca têm que apresentar garantias, que são a dívida soberana grega e a dívida emitida por bancos e garantida pelo governo grego, que foi degradada de novo pelas agências de qualificação.

O BCE deixou de aceitar em meados de fevereiro a dívida soberana grega como garantia em suas operações de refinanciamento e desde então a Grécia só se financia através do ELA, que é mais caro.

A Fitch rebaixou esta semana a qualificação da dívida da Grécia para "CC", e a Standard & Poor's (S&P) para "CCC-" pelo aumento do risco de falta de pagamento e por considerarem que diminuiu a probabilidade de o país se manter na zona do euro.

Na terminologia destas agências "CCC" significa extremamente especulativo pela pouca capacidade de honrar os pagamentos, e "CC" é uma situação próxima à insolvência.

As agências de avaliação de risco disseram que a suspensão de um pagamento ao FMI ou a outro credor público não é considerado falta de pagamento, por isso neste caso não consideram que a Grécia esteja em moratória.

Mas se a Grécia não pagar seus credores privados em 8 de julho a dívida de curto prazo, então será qualificada com "falta de pagamento seletivo", explicou a Standard's & Poor's.

Os ministros de Economia e de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, vão esperar, antes de continuar a negociar com o governo de Atenas, o resultado do referendo que será realizado no próximo domingo na Grécia para votar a favor ou contra as últimas propostas dos credores.

O FMI declarou a Grécia em moratória pelo país não ter pago ontem a parcela de 1,6 bilhão de euros à entidade.

Após o vencimento do segundo programa de resgate, a situação é tão nova que toda negociação deverá começar sob novas condições, e a Grécia pediu que seja segundo as regras do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). 

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