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BCE está trabalhando em empréstimos para empresas afetadas por coronavírus

Com disseminação do vírus ao redor do mundo, bancos centrais estão sendo pressionados a estimular crescimento dos países

Paris: fontes disseram que nenhuma decisão sobre o esquema é iminente, pois o trabalho preparatório levará tempo (Benoit Tessier/Reuters)
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Reuters

Publicado em 3 de março de 2020 às 09h55.

Última atualização em 3 de março de 2020 às 12h22.

São Paulo — O Banco Central Europeu está preparando possíveis medidas para fornecer liquidez às empresas afetadas pelas consequências econômicas do surto de coronavírus, disseram à Reuters três fontes familiarizadas com a discussão.

Com a disseminação do vírus ao redor do mundo, os bancos centrais estão sendo pressionados a sustentar o crescimento, que já está tendo dificuldades como resultado de restrições de viagens, enfraquecimento da demanda, interrupções na cadeia de suprimentos e fortes vendas generalizadas no mercado.

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A medida mais notável em discussão é uma operação de refinanciamento de longo prazo direcionada a pequenas e médias empresas na zona do euro, que podem ser as mais afetadas pela desaceleração.

As fontes disseram que nenhuma decisão sobre o esquema é iminente, pois o trabalho preparatório levará tempo.

Um porta-voz do BCE se recusou a comentar. A presidente do BCE, Christine Lagarde , disse na segunda-feira que o banco está pronto para tomar medidas "apropriadas e direcionadas".

A rodada anterior de tais empréstimos foi concedida aos bancos à taxa de depósito negativa de 0,5% do BCE, essencialmente concedendo-lhes um desconto se cumprirem seus parâmetros de referência para empréstimo.

A maneira mais simples de direcionar o dinheiro em um novo esquema seria se fossem estabelecidos parâmetros de referência para que o dinheiro seja concedido a empresas menores, cujo acesso ao crédito é geralmente mais restrito que o de seus pares maiores, tornando-as mais vulneráveis a qualquer desaceleração.

As fontes disseram que, embora o BCE tenha feito trabalho preparatório para esse esquema no passado, os planos precisariam ser examinados e discutidos pelo Conselho do BCE antes de serem implementados.

"O mecanismo pode ter características específicas, incluindo um prazo de vencimento mais curto (até 12 meses), uma taxa fixa igual à taxa de depósito do BCE (se não menor) e uma provisão máxima que seria uma função da exposição de cada banco ao empréstimo SME", afirmou o estrategista de gerenciamento de patrimônio da Pictet, Frederik Ducrozet.

Algumas grandes empresas também poderiam se beneficiar do esquema de empréstimos, disseram algumas fontes, embora normalmente sejam melhor financiadas e já desfrutem do benefício das compras de títulos do setor corporativo do BCE.

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