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BC deve cortar Selic em 1 p.p em abril, apostam analistas

Para os especialista, essa é uma tentativa de estimular a fraca atividade econômica e aproveitar uma desaceleração da inflação

BC: a queda levaria a Selic para 11,25%, no que seria a sua quinta redução consecutiva e a maior registrada desde que o BCB iniciou uma série de cortes em outubro passado (Ueslei Marcelino/Reuters)
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AFP

Publicado em 11 de abril de 2017 às 15h28.

O Banco Central do Brasil (BCB) pode reduzir na quarta-feira a taxa de juros em 1 ponto percentual, segundo estimativas do mercado, para estimular a fraca atividade econômica e aproveitar uma desaceleração da inflação.

A queda levaria a Selic para 11,25%, no que seria a sua quinta redução consecutiva e a maior registrada desde que o BCB iniciou uma série de cortes em outubro passado, quando estava em 14,25%.

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O BCB, que nas duas últimas decisões de política monetária optou por realizar cortes a uma velocidade de 0,75 ponto percentual, havia antecipado uma aceleração.

"Esperamos um corte de 100 pontos básicos [1 ponto percentual], que é o consenso geral do mercado. A inflação está com uma trajetória benigna, o que abre espaço para um corte. A atividade econômica continua muito fraca e o BCB deve estar atento ao mercado de trabalho, que está se deteriorando mais rápido do que se esperava", disse à AFP Luis Pereira, analista estratégico da Guide Investimentos.

Os especialistas consultados semanalmente pela entidade do sistema financeiro esperam que 2017 termine com uma taxa de 8,5%.

A redução do custo do dinheiro é considerada vital para reanimar a economia que apresenta um recorde de 13 milhões de pessoas desempregadas.

"Se o custo baixar, as pessoas e as empresas têm menos disposição de poupar e cresce a tendência a destinar o capital para o investimento e o consumo e aumentar a atividade", explicou Wellington Ramos, economista da Austin Rating.

No longo prazo, os agentes econômicos estimam que o BCB dará por encerrado o ciclo de cortes em 2017 e manterá o nível de 8,5% em 2018, ano de eleição.

"Não há muito segredo, porque é notório que a atividade está fraca e a recuperação é muito gradual, e como a inflação já não representa nenhum risco de descontrole há muitos argumentos para um corte mais agressivo", acrescentou Ramos.

A decisão do BCB será divulgada aos mercados na próxima quarta-feira.

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