Franceses ficam furiosos com provocação da Economist
Autoridades rejeitaram acusação da revista britânica que coloca país como uma "bomba-relógio no coração da Europa" e um perigo para o euro
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 10h23.
Paris - Autoridades francesas rejeitaram furiosamente, nesta sexta-feira, uma acusação da revista semanal britânica The Economist que coloca a França como uma "bomba-relógio no coração da Europa" e um perigo para o euro, e acusaram a publicação de sensacionalismo.
A capa da Economist mostra sete pães "baguete" unidos por uma fita com as três cores da bandeira francesa, com um pavio aceso saindo do centro.
O artigo principal levanta preocupações de que as reformas econômicas do presidente François Hollande não são suficientemente ambiciosas, advertindo que os mercados financeiros poderiam se voltar contra a França, e isso poderia prejudicar o futuro do euro.
"Honestamente, a The Economist nunca se distinguiu por seu senso de imparcialidade", disse o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, à rádio Europe 1.
"É a Charlie Hebdo da cidade", acrescentou, referindo-se a uma publicação satírica francesa que em setembro despertou críticas internacionais por publicar caricaturas retratando o profeta Maomé nu.
Além das dúvidas sobre o alcance dos esforços de reforma da França, muitos economistas e autoridades da UE estão céticos de que o governo socialista de Hollande possa bater sua meta de reduzir o déficit público para 3 por cento da produção em 2013, como prometido.
O fracasso em atingir essa meta pode levar os mercados financeiros a exigirem maiores rendimentos para seus títulos, que estão atualmente em torno de níveis baixos recordes de 2 por cento com a percepção de que a França é, junto com a Alemanha, um porto seguro na zona do euro.
O editor de Europa da Economist, John Peet, que escreveu a reportagem especial, defendeu a publicação contra acusações de ser injusta com relação à França.
Duas histórias de capa anteriores este ano acusaram a França de negar a realidade econômica e chamou Hollande de "bastante perigoso", apoiando seu adversário na eleição presidencial, o conservador Nicolas Sarkozy, que acabou derrotado.
"O ponto desta capa e do artigo é incentivar a França", disse Peet ao jornal 20 Minutes. "Outros países, incluindo a Grécia e Portugal, têm realizado muitas reformas. Este ainda não é o caso da França." O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, que na quinta-feira viajou a Berlim para explicar os esforços franceses para melhorar a competitividade internacional do país à chanceler Angela Merkel, também criticou a capa da revista.
"Vocês estão falando sobre um jornal que está recorrendo ao excesso para vender. Posso dizer que a França não está de forma alguma impressionada", disse ele à TV francesa.
Paris - Autoridades francesas rejeitaram furiosamente, nesta sexta-feira, uma acusação da revista semanal britânica The Economist que coloca a França como uma "bomba-relógio no coração da Europa" e um perigo para o euro, e acusaram a publicação de sensacionalismo.
A capa da Economist mostra sete pães "baguete" unidos por uma fita com as três cores da bandeira francesa, com um pavio aceso saindo do centro.
O artigo principal levanta preocupações de que as reformas econômicas do presidente François Hollande não são suficientemente ambiciosas, advertindo que os mercados financeiros poderiam se voltar contra a França, e isso poderia prejudicar o futuro do euro.
"Honestamente, a The Economist nunca se distinguiu por seu senso de imparcialidade", disse o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, à rádio Europe 1.
"É a Charlie Hebdo da cidade", acrescentou, referindo-se a uma publicação satírica francesa que em setembro despertou críticas internacionais por publicar caricaturas retratando o profeta Maomé nu.
Além das dúvidas sobre o alcance dos esforços de reforma da França, muitos economistas e autoridades da UE estão céticos de que o governo socialista de Hollande possa bater sua meta de reduzir o déficit público para 3 por cento da produção em 2013, como prometido.
O fracasso em atingir essa meta pode levar os mercados financeiros a exigirem maiores rendimentos para seus títulos, que estão atualmente em torno de níveis baixos recordes de 2 por cento com a percepção de que a França é, junto com a Alemanha, um porto seguro na zona do euro.
O editor de Europa da Economist, John Peet, que escreveu a reportagem especial, defendeu a publicação contra acusações de ser injusta com relação à França.
Duas histórias de capa anteriores este ano acusaram a França de negar a realidade econômica e chamou Hollande de "bastante perigoso", apoiando seu adversário na eleição presidencial, o conservador Nicolas Sarkozy, que acabou derrotado.
"O ponto desta capa e do artigo é incentivar a França", disse Peet ao jornal 20 Minutes. "Outros países, incluindo a Grécia e Portugal, têm realizado muitas reformas. Este ainda não é o caso da França." O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, que na quinta-feira viajou a Berlim para explicar os esforços franceses para melhorar a competitividade internacional do país à chanceler Angela Merkel, também criticou a capa da revista.
"Vocês estão falando sobre um jornal que está recorrendo ao excesso para vender. Posso dizer que a França não está de forma alguma impressionada", disse ele à TV francesa.