Economia

Autoridades do BC do Japão sinalizam prontidão para agir

Fuga dos mercados emergentes já está afetando os ativos japoneses


	Sede do Banco do Japão: "não estou preocupado demais com a economia dos EUA e portanto em termos de política monetária do Japão acho que podemos manter nossa política atual", disse vice-presidente
 (Kamoshida/Getty Images)

Sede do Banco do Japão: "não estou preocupado demais com a economia dos EUA e portanto em termos de política monetária do Japão acho que podemos manter nossa política atual", disse vice-presidente (Kamoshida/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 07h14.

Tóquio/Miyazaki - O banco central do Japão está pronto para expandir mais o estímulo monetário se necessário para proteger seu mandato relativo à inflação, disseram duas autoridades nesta quinta-feira, alertando que a fuga dos mercados emergentes já está afetando os ativos japoneses.

O vice-presidente Kikuo Iwata descartou uma expansão imediata do estímulo monetário, destacando que um crescimento sólido nos Estados Unidos vai sustentar a demanda global e manter a terceira maior economia do mundo no caminho de uma recuperação moderada.

"Não estou preocupado demais com a economia dos EUA e portanto em termos de política monetária do Japão acho que podemos manter nossa política atual", disse ele em entrevista à imprensa após se reunir com líderes empresariais em Miyazaki, sul do Japão.

Mas apesar disso ele destacou a prontidão do BC para agir se os riscos externos afetarem a meta de inflação.

Após quase um ano de estímulo monetário e fiscal, a preocupação entre alguns no BC é que problemas em outros lugares possam afetar o progresso obtido.

"Se algum tipo de risco se materializar, vamos adotar os ajustes de política necessários para garantir nossa meta de preços de 2 por cento", disse Hiroshi Nakaso, outro vice-presidente do BC, ao Parlamento na quinta-feira.

Nakaso alertou que as fortes vendas em moedas de mercados emergentes, provocadas em parte pela redução do estímulo dos EUA, já afetou o Japão ao elevar o iene e prejudicar as ações.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaInflaçãoJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Mais na Exame